Resolução CONAMA Nº 357 DE 17/03/2005


 Publicado no DOU em 17 mar 2005


Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.


Simulador Planejamento Tributário

O Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pelos arts. 6º, inciso II e 8º, inciso VII, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 , regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990 e suas alterações, tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e

Considerando a vigência da Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000 , que dispõe sobre a balneabilidade;

Considerando o art. 9º, inciso I, da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 , que instituiu a Política Nacional dos Recursos Hídricos, e demais normas aplicáveis à matéria;

Considerando que a água integra as preocupações do desenvolvimento sustentável, baseado nos princípios da função ecológica da propriedade, da prevenção, da precaução, do poluidor-pagador, do usuário-pagador e da integração, bem como no reconhecimento de valor intrínseco à natureza;

Considerando que a Constituição Federal e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 , visam controlar o lançamento no meio ambiente de poluentes, proibindo o lançamento em níveis nocivos ou perigosos para os seres humanos e outras formas de vida;

Considerando que o enquadramento expressa metas finais a serem alcançadas, podendo ser fixadas metas progressivas intermediárias, obrigatórias, visando a sua efetivação;

Considerando os termos da Convenção de Estocolmo, que trata dos Poluentes Orgânicos Persistentes-POPs, ratificada pelo Decreto Legislativo nº 204, de 7 de maio de 2004 ;

Considerando ser a classificação das águas doces, salobras e salinas essencial à defesa de seus níveis de qualidade, avaliados por condições e padrões específicos, de modo a assegurar seus usos preponderantes;

Considerando que o enquadramento dos corpos de água deve estar baseado não necessariamente no seu estado atual, mas nos níveis de qualidade que deveriam possuir para atender às necessidades da comunidade;

Considerando que a saúde e o bem-estar humano, bem como o equilíbrio ecológico aquático, não devem ser afetados pela deterioração da qualidade das águas;

Considerando a necessidade de se criar instrumentos para avaliar a evolução da qualidade das águas, em relação às classes estabelecidas no enquadramento, de forma a facilitar a fixação e controle de metas visando atingir gradativamente os objetivos propostos;

Considerando a necessidade de se reformular a classificação existente, para melhor distribuir os usos das águas, melhor especificar as condições e padrões de qualidade requeridos, sem prejuízo de posterior aperfeiçoamento; e

Considerando que o controle da poluição está diretamente relacionado com a proteção da saúde, garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado e a melhoria da qualidade de vida, levando em conta os usos prioritários e classes de qualidade ambiental exigidos para um determinado corpo de água;

Resolve:

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I - águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰;

II - águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ inferior a 30 ‰;

III - águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰;

IV - ambiente lêntico: ambiente que se refere à água parada, com movimento lento ou estagnado;

V - ambiente lótico: ambiente relativo a águas continentais moventes;

VI - aqüicultura: o cultivo ou a criação de organismos cujo ciclo de vida, em condições naturais, ocorre total ou parcialmente em meio aquático;

VII - carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por tempo;

VIII - cianobactérias: microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como cianofíceas (algas azuis) capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos a saúde;

IX - classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros;

X - classificação: qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e futuros;

XI - coliformes termotolerantes: bactérias gram-negativas, em forma de bacilos, oxidase-negativas, caracterizadas pela atividade da enzima b-galactosidase". Podem crescer em meios contendo agentes tenso-ativos e fermentar a lactose nas temperaturas de 44º - 45º C, com produção de ácido, gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes ambientais que não tenham sido contaminados por material fecal;

XII - condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento de corpo d'água, num determinado momento, em termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de Qualidade;

XIII - condições de lançamento: condições e padrões de emissão adotados para o controle de lançamentos de efluentes no corpo receptor;

XIV - controle de qualidade da água: conjunto de medidas operacionais que visa avaliar a melhoria e a conservação da qualidade da água estabelecida para o corpo de água;

XV - corpo receptor: corpo hídrico superficial que recebe o lançamento de um efluente;

XVI - desinfecção: remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos;

XVII - efeito tóxico agudo: efeito deletério aos organismos vivos causado por agentes físicos ou químicos, usualmente letalidade ou alguma outra manifestação que a antecede, em um curto período de exposição;

XVIII - efeito tóxico crônico: efeito deletério aos organismos vivos causado por agentes físicos ou químicos que afetam uma ou várias funções biológicas dos organismos, tais como a reprodução, o crescimento e o comportamento, em um período de exposição que pode abranger a totalidade de seu ciclo de vida ou parte dele;

XIX - efetivação do enquadramento: alcance da meta final do enquadramento;

XX - enquadramento: estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo;

XXI - ensaios ecotoxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes físicos ou químicos a diversos organismos aquáticos;

XXII - ensaios toxicológicos: ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes físicos ou químicos a diversos organismos visando avaliar o potencial de risco à saúde humana;

XXIII - escherichia coli (E.Coli): bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae caracterizada pela atividade da enzima b-glicuronidase. Produz indol a partir do aminoácido triptofano. É a única espécie do grupo dos coliformes termotolerantes cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas;

XXIV - metas: é o desdobramento do objeto em realizações físicas e atividades de gestão, de acordo com unidades de medida e cronograma preestabelecidos, de caráter obrigatório;

XXV - monitoramento: medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da qualidade do corpo de água;

XXVI - padrão: valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro de qualidade de água ou efluente;

XXVII - parâmetro de qualidade da água: substancias ou outros indicadores representativos da qualidade da água;

XXVIII - pesca amadora: exploração de recursos pesqueiros com fins de lazer ou desporto;

XXIX - programa para efetivação do enquadramento: conjunto de medidas ou ações progressivas e obrigatórias, necessárias ao atendimento das metas intermediárias e final de qualidade de água estabelecidas para o enquadramento do corpo hídrico;

XXX - recreação de contato primário: contato direto e prolongado com a água (tais como natação, mergulho, esqui-aquático) na qual a possibilidade do banhista ingerir água é elevada;

XXXI - recreação de contato secundário: refere-se àquela associada a atividades em que o contato com a água é esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação (tais como iatismo);

XXXII - tratamento avançado: técnicas de remoção e/ou inativação de constituintes refratários aos processos convencionais de tratamento, os quais podem conferir à água características, tais como: cor, odor, sabor, atividade tóxica ou patogênica;

XXXIII - tratamento convencional: clarificação com utilização de coagulação e floculação, seguida de desinfecção e correção de pH;

XXXIV - tratamento simplificado: clarificação por meio de filtração e desinfecção e correção de pH quando necessário;

XXXV - tributário (ou curso de água afluente): corpo de água que flui para um rio maior ou para um lago ou reservatório;

XXXVI - vazão de referência: vazão do corpo hídrico utilizada como base para o processo de gestão, tendo em vista o uso múltiplo das águas e a necessária articulação das instâncias do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SINGRH;

XXXVII - virtualmente ausentes: que não é perceptível pela visão, olfato ou paladar; e

XXXVIII - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

CAPÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA

Art. 3º As águas doces, salobras e salinas do Território Nacional são classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus usos preponderantes, em treze classes de qualidade.

Parágrafo único. As águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em uso menos exigente, desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos outros requisitos pertinentes.

Seção I
Das Águas Doces

Art. 4º As águas doces são classificadas em:

I - classe especial: águas destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,

c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

II - classe 1: águas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000 ;

d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e

e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

III - classe 2: águas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000 ;

d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e

e) à aqüicultura e à atividade de pesca.

IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;

b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;

c) à pesca amadora;

d) à recreação de contato secundário; e

e) à dessedentação de animais.

V - classe 4: águas que podem ser destinadas:

a) à navegação; e

b) à harmonia paisagística.

Seção II
Das Águas Salinas

Art. 5º As águas salinas são assim classificadas:

I - classe especial: águas destinadas:

a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

II - classe 1: águas que podem ser destinadas:

a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000 ;

b) à proteção das comunidades aquáticas; e

c) à aqüicultura e à atividade de pesca.

III - classe 2: águas que podem ser destinadas:

a) à pesca amadora; e

b) à recreação de contato secundário.

IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:

a) à navegação; e

b) à harmonia paisagística.

Seção II
Das Águas Salobras

Art. 6º As águas salobras são assim classificadas:

I - classe especial: águas destinadas:

a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e,

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

II - classe 1: águas que podem ser destinadas:

a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000 ;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à aqüicultura e à atividade de pesca;

d) ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado; e

e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto.

III - classe 2: águas que podem ser destinadas:

a) à pesca amadora; e

b) à recreação de contato secundário.

IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:

a) à navegação; e

b) à harmonia paisagística.

CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 7º Os padrões de qualidade das águas determinados nesta Resolução estabelecem limites individuais para cada substância em cada classe.

Parágrafo único. Eventuais interações entre substâncias, especificadas ou não nesta Resolução, não poderão conferir às águas características capazes de causar efeitos letais ou alteração de comportamento, reprodução ou fisiologia da vida, bem como de restringir os usos preponderantes previstos, ressalvado o disposto no § 3º do art. 34, desta Resolução.

Art. 8º O conjunto de parâmetros de qualidade de água selecionado para subsidiar a proposta de enquadramento deverá ser monitorado periodicamente pelo Poder Público.

§ 1º Também deverão ser monitorados os parâmetros para os quais haja suspeita da sua presença ou não conformidade.

§ 2º Os resultados do monitoramento deverão ser analisados estatisticamente e as incertezas de medição consideradas.

§ 3º A qualidade dos ambientes aquáticos poderá ser avaliada por indicadores biológicos, quando apropriado, utilizando-se organismos e/ou comunidades aquáticas.

§ 4º As possíveis interações entre as substâncias e a presença de contaminantes não listados nesta Resolução, passíveis de causar danos aos seres vivos, deverão ser investigadas utilizando-se ensaios ecotoxicológicos, toxicológicos, ou outros métodos cientificamente reconhecidos.

§ 5º Na hipótese dos estudos referidos no parágrafo anterior tornarem-se necessários em decorrência da atuação de empreendedores identificados, as despesas da investigação correrão as suas expensas.

§ 6º Para corpos de água salobras continentais, onde a salinidade não se dê por influência direta marinha, os valores dos grupos químicos de nitrogênio e fósforo serão os estabelecidos nas classes correspondentes de água doce.

Art. 9º A análise e avaliação dos valores dos parâmetros de qualidade de água de que trata esta Resolução serão realizadas pelo Poder Público, podendo ser utilizado laboratório próprio, conveniado ou contratado, que deverá adotar os procedimentos de controle de qualidade analítica necessários ao atendimento das condições exigíveis.

§ 1º Os laboratórios dos órgãos competentes deverão estruturar- se para atenderem ao disposto nesta Resolução.

§ 2º Nos casos onde a metodologia analítica disponível for insuficiente para quantificar as concentrações dessas substâncias nas águas, os sedimentos e/ou biota aquática poderão ser investigados quanto à presença eventual dessas substâncias.

Art. 10. Os valores máximos estabelecidos para os parâmetros relacionados em cada uma das classes de enquadramento deverão ser obedecidos nas condições de vazão de referência.

§ 1º Os limites de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), estabelecidos para as águas doces de classes 2 e 3, poderão ser elevados, caso o estudo da capacidade de autodepuração do corpo receptor demonstre que as concentrações mínimas de oxigênio dissolvido (OD) previstas não serão desobedecidas, nas condições de vazão de referência, com exceção da zona de mistura.

§ 2º Os valores máximos admissíveis dos parâmetros relativos às formas químicas de nitrogênio e fósforo, nas condições de vazão de referência, poderão ser alterados em decorrência de condições naturais, ou quando estudos ambientais específicos, que considerem também a poluição difusa, comprovem que esses novos limites não acarretarão prejuízos para os usos previstos no enquadramento do corpo de água.

§ 3º Para águas doces de classes 1 e 2, quando o nitrogênio for fator limitante para eutrofização, nas condições estabelecidas pelo órgão ambiental competente, o valor de nitrogênio total (após oxidação) não deverá ultrapassar 1,27 mg/L para ambientes lênticos e 2,18 mg/L para ambientes lóticos, na vazão de referência.

§ 4º O disposto nos §§ 2º e 3º não se aplica às baías de águas salinas ou salobras, ou outros corpos de água em que não seja aplicável a vazão de referência, para os quais deverão ser elaborados estudos específicos sobre a dispersão e assimilação de poluentes no meio hídrico.

Art. 11. O Poder Público poderá, a qualquer momento, acrescentar outras condições e padrões de qualidade, para um determinado corpo de água, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições locais, mediante fundamentação técnica.

Art. 12. O Poder Público poderá estabelecer restrições e medidas adicionais, de caráter excepcional e temporário, quando a vazão do corpo de água estiver abaixo da vazão de referência.

Art. 13. Nas águas de classe especial deverão ser mantidas as condições naturais do corpo de água.

Seção II
Das Águas Doces

Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões:

I - condições de qualidade de água:

a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido.

b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

c) óleos e graxas: virtualmente ausentes;

d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;

e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;

f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;

g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverão ser obedecidos os padrões de qualidade de balneabilidade, previstos na Resolução CONAMA nº 274, de 2000 .

Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 200 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais, de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

h) DBO 5 dias a 20ºC até 3 mg/L O2;

i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2;

j) turbidez até 40 unidades nefelométrica de turbidez (UNT);

l) cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L; e

m) pH: 6,0 a 9,0.

II - Padrões de qualidade de água:

TABELA I - CLASSE 1 - ÁGUAS DOCES  
PADRÕES  
PARÂMETROS  VALOR MÁXIMO 
Clorofila a  10 µg/L 
Densidade de cianobactérias  20.000 cel/mL ou 2 mm3/L 
Sólidos dissolvidos totais  500 mg/L 
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Alumínio dissolvido  0,1 mg/L Al 
Antimônio  0,005mg/L Sb 
Arsênio total  0,01 mg/L As 
Bário total  0,7 mg/L Ba 
Berílio total  0,04 mg/L Be 
Boro total  0,5 mg/L B 
Cádmio total  0,001 mg/L Cd 
Chumbo total  0,01mg/L Pb 
Cianeto livre  0,005 mg/L CN 
Cloreto total  250 mg/L Cl 
Cloro residual total (combinado + livre)  0,01 mg/L Cl 
Cobalto total  0,05 mg/L Co 
Cobre dissolvido  0,009 mg/L Cu 
Cromo total  0,05 mg/L Cr 
Ferro dissolvido  0,3 mg/L Fé 
Fluoreto total  1,4 mg/L F 
Fósforo total (ambiente lêntico)  0,020 mg/L P 
Fósforo total (ambiente intermediário, com tempo de residência entre 2 e 40 dias, e tributários diretos de ambiente lêntico)  0,025 mg/L P 
Fósforo total (ambiente lótico e tributários de ambientes intermediários)  0,1 mg/L P 
Lítio total  2,5 mg/L Li 
Manganês total  0,1 mg/L Mn 
Mercúrio total  0,0002 mg/L Hg 
Níquel total  0,025 mg/L Ni 
Nitrato  10,0 mg/L N 
Nitrito  1,0 mg/L N 
Nitrogênio amoniacal total  3,7 mg/L N, para pH = 7,5  2,0 mg/L N, para 7,5 < pH = 8,0 1,0 mg/L N, para 8 < pH = 8,5 0,5 mg/L N, para pH> 8,5
Prata total  0,01 mg/L Ag 
Selênio total  0,01 mg/L Se 
Sulfato total  250 mg/L SO4 
Sulfeto (H2S não dissociado)  0,002 mg/L S 
Urânio total  0,02 mg/L U 
Vanádio total  0,1 mg/L V 
Zinco total  0,18 mg/L Zn 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Acrilamida  0,5 µg/L 
Alacloro  20 µg/L 
Aldrin + Dieldrin  0,005 µg/L 
Atrazina  2 µg/L 
Benzeno  0,005 mg/L 
Benzidina  0,001 µg/L 
Benzo(a)antraceno  0,05 µg/L 
Benzo(a)pireno  0,05 µg/L 
Benzo(b)fluoranteno  0,05 µg/L 
Benzo(k)fluoranteno  0,05 µg/L 
Carbaril  0,02 µg/L 
Clordano (cis + trans)  0,04 µg/L 
2-Clorofenol  0,1 µg/L 
Criseno  0,05 µg/L 
2,4-D  4,0 µg/L 
Demeton (Demeton-O + Demeton-S)  0,1 µg/L 
Dibenzo(a,h)antraceno  0,05 µg/L 
1,2-Dicloroetano  0,01 mg/L 
1,1-Dicloroeteno  0,003 mg/L 
2,4-Diclorofenol  0,3 µg/L 
Diclorometano  0,02 mg/L 
DDT (p,p'-DDT + p,p'-DDE + p,p'-DDD)  0,002 µg/L 
Dodecacloro pentaciclodecano  0,001 µg/L 
Endossulfan(µ + ß + sulfato)  0,056 µg/L 
Endrin  0,004 µg/L 
Estireno  0,02 mg/L 
Etilbenzeno  90,0 µg/L 
Fenóis totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina)  0,003 mg/L C6H5OH 
Glifosato  65 µg/L 
Gution  0,005 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,01 µg/L 
Hexaclorobenzeno  0,0065 µg/L 
Indeno(1,2,3-cd)pireno  0,05 µg/L 
Lindano(g-HCH)  0,02 µg/L 
Malation  0,1 µg/L 
Metolacloro  10 µg/L 
Metoxicloro  0,03 µg/L 
Paration  0,04 µg/L 
PCBs - Bifenilas policloradas  0,001 µg/L 
Pentaclorofenol  0,009 mg/L 
Simazina  2,0 µg/L 
Substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno  0,5 mg/L LAS 
2,4,5-T  2,0 µg/L 
Tetracloreto de carbono  0,002 mg/L 
Tetracloroeteno  0,01 mg/L 
Tolueno  2,0 µg/L 
Toxafeno  0,01 µg/L 
2,4,5-TP  10,0 µg/L 
Tributilestanho  0,063 µg/L TBT 
Triclorobenzeno (1,2,3-TCB + 1,2,4-TCB)  0,02 mg/L 
Tricloroeteno  0,03 mg/L 
2, 4, 6-Triclorofenol  0,01 mg/L 
Trifluralina  0,2 µg/L 
Xileno  300 µg/L 

III - Nas águas doces onde ocorrer pesca ou cultivo de organismos, para fins de consumo intensivo, além dos padrões estabelecidos no inciso II deste artigo, aplicam-se os seguintes padrões em substituição ou adicionalmente:

TABELA II - CLASSE 1 - ÁGUAS DOCES  
PADRÕES PARA CORPOS DE ÁGUA ONDE HAJA PESCA OU CULTIVO DE ORGANISMOS PARA FINS DE CONSUMO INTENSIVO  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Arsênio total  0,14 µg/L As 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Benzidina  0,0002 µg/L 
Benzo(a)antraceno  0,018 µg/L 
Benzo(a)pireno  0,018 µg/L 
Benzo(b)fluoranteno  0,018 µg/L 
Benzo(k)fluoranteno  0,018 µg/L 
Criseno  0,018 µg/L 
Dibenzo(a,h)antraceno  0,018 µg/L 
3,3-Diclorobenzidina  0,028 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,000039 µg/L 
Hexaclorobenzeno  0,00029 µg/L 
Indeno(1,2,3-cd)pireno  0,018 µg/L 
PCBs - Bifenilas policloradas  0,000064 µg/L 
Pentaclorofenol  3,0 µg/L 
Tetracloreto de carbono  1,6 µg/L 
Tetracloroeteno  3,3 µg/L 
Toxafeno  0,00028 µg/L 
2,4,6-triclorofenol  2,4 µg/L 

Art. 15. Aplicam-se às águas doces de classe 2 as condições e padrões da classe 1 previstos no artigo anterior, à exceção do seguinte:

I - não será permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;

II - coliformes termotolerantes: para uso de recreação de contato primário deverá ser obedecida a Resolução CONAMA nº 274, de 2000 . Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 (seis) amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

III - cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;

IV - turbidez: até 100 UNT;

V - DBO 5 dias a 20ºC até 5 mg/L O2;

VI - OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/L O2;

VII - clorofila a: até 30mg/L;

VIII - densidade de cianobactérias: até 50000 cel/mL ou 5 mm3/L; e,

IX - fósforo total:

a) até 0,030 mg/L, em ambientes lênticos; e,

b) até 0,050 mg/L, em ambientes intermediários, com tempo de residência entre 2 e 40 dias, e tributários diretos de ambiente lêntico.

Art. 16. As águas doces de classe 3 observarão as seguintes condições e padrões:

I - condições de qualidade de água:

a) não verificação de efeito tóxico agudo a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;

b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

c) óleos e graxas: virtualmente ausentes;

d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;

e) não será permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;

f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;

g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato secundário não deverá ser excedido um limite de 2500 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. Para dessedentação de animais criados confinados não deverá ser excedido o limite de 1000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 4000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com periodicidade bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

h) cianobactérias para dessedentação de animais: os valores de densidade de cianobactérias não deverão exceder 50.000 cel/ml, ou 5mm3/L;

i) DBO 5 dias a 20ºC até 10 mg/L O2;

j) OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2;

l) turbidez até 100 UNT;

m) cor verdadeira: até 75 mg Pt/L; e,

n) pH: 6,0 a 9,0.

II - Padrões de qualidade de água:

TABELA III - CLASSE 3 - ÁGUAS DOCES  
PADRÕES  
PARÂMETROS  Valor MÁXIMO 
Clorofila a  60 µg/L 
Densidade de cianobactérias  100.000 cel/mL ou 10 mm3/L 
Sólidos dissolvidos totais  500 mg/L 
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Alumínio dissolvido  0,2 mg/L Al 
Arsênio total  0,033 mg/L As 
Bário total  1,0 mg/L Ba 
Berílio total  0,1 mg/L Be 
Boro total  0,75 mg/L B 
Cádmio total  0,01 mg/L Cd 
Chumbo total  0,033 mg/L Pb 
Cianeto livre  0,022 mg/L CN 
Cloreto total  250 mg/L Cl 
Cobalto total  0,2 mg/L Co 
Cobre dissolvido  0,013 mg/L Cu 
Cromo total  0,05 mg/L Cr 
Ferro dissolvido  5,0 mg/L Fé 
Fluoreto total  1,4 mg/L F 
Fósforo total (ambiente lêntico)  0,05 mg/L P 
Fósforo total (ambiente intermediário, com tempo de residência entre 2 e 40 dias, e tributários diretos de ambiente lêntico)  0,075 mg/L P 
Fósforo total (ambiente lótico e tributários de ambientes intermediários)  0,15 mg/L P 
Lítio total  2,5 mg/L Li 
Manganês total  0,5 mg/L Mn 
Mercúrio total  0,002 mg/L Hg 
Níquel total  0,025 mg/L Ni 
Nitrato  10,0 mg/L N 
Nitrito  1,0 mg/L N 
Nitrogênio amoniacal total  13,3 mg/L N, para pH = 7,5  5,6 mg/L N, para 7,5 < pH = 8,0 2,2 mg/L N, para 8 < pH = 8,5 1,0 mg/L N, para pH> 8,5
Prata total  0,05 mg/L Ag 
Selênio total  0,05 mg/L Se 
Sulfato total  250 mg/L SO4 
Sulfeto (como H2S não dissociado)  0,3 mg/L S 
Urânio total  0,02 mg/L U 
Vanádio total  0,1 mg/L V 
Zinco total  5 mg/L Zn 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Aldrin + Dieldrin  0,03 µg/L 
Atrazina  2 µg/L 
Benzeno  0,005 mg/L 
Benzo(a)pireno  0,7 µg/L 
Carbaril  70,0 µg/L 
Clordano (cis + trans)  0,3 µg/L 
2,4-D  30,0 µg/L 
DDT (p,p'-DDT + p,p'-DDE + p,p'- DDD)  1,0 µg/L 
Demeton (Demeton-O + Demeton-S)  14,0 µg/L 
1,2-Dicloroetano  0,01 mg/L 
1,1-Dicloroeteno  30 µg/L 
Dodecacloro Pentaciclodecano  0,001 µg/L 
Endossulfan(a + b + sulfato)  0,22 µg/L 
Endrin  0,2 µg/L 
Fenóis totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina)  0,01 mg/L C6H5OH 
Glifosato  280 µg/L 
Gution  0,005 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,03 µg/L 
Lindano(g-HCH)  2,0 µg/L 
Malation  100,0 µg/L 
Metoxicloro  20,0 µg/L 
Paration  35,0 µg/L 
PCBs - Bifenilas policloradas  0,001 µg/L 
Pentaclorofenol  0,009 mg/L 
Substâncias tenso-ativas que reagem com o azul de metileno  0,5 mg/L LAS 
2,4,5-T  2,0 µg/L 
Tetracloreto de carbono  0,003 mg/L 
Tetracloroeteno  0,01 mg/L 
Toxafeno  0,21 µg/L 
2,4,5-TP  10,0 µg/L 
Tributilestanho  2,0 µg/L TBT 
Tricloroeteno  0,03 mg/L 
2, 4, 6-Triclorofenol  0,01 mg/L 

Art. 17. As águas doces de classe 4 observarão as seguintes condições e padrões:

I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

II - odor e aspecto: não objetáveis;

III - óleos e graxas: toleram-se iridescências;

IV - substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de canais de navegação: virtualmente ausentes;

V - fenóis totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) até 1,0 mg/L de C6H5OH;

VI - OD, superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra; e,

VII - pH: 6,0 a 9,0.

Seção III
Das Águas Salinas

Art. 18. As águas salinas de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões:

I - condições de qualidade de água:

a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;

b) materiais flutuantes virtualmente ausentes;

c) óleos e graxas: virtualmente ausentes;

d) substâncias que produzem odor e turbidez: virtualmente ausentes;

e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;

f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;

g) coliformes termolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverá ser obedecida a Resolução CONAMA nº 274, de 2000 . Para o cultivo de moluscos bivalves destinados à alimentação humana, a média geométrica da densidade de coliformes termotolerantes, de um mínimo de 15 amostras coletadas no mesmo local, não deverá exceder 43 por 100 mililitros, e o percentil 90% não deverá ultrapassar 88 coliformes termolerantes por 100 mililitros. Esses índices deverão ser mantidos em monitoramento anual com um mínimo de 5 amostras. Para os demais usos não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes termolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com periodicidade bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

h) carbono orgânico total até 3 mg/L, como C;

i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2; e

j) pH: 6,5 a 8,5, não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2 unidade.

II - Padrões de qualidade de água:

TABELA IV - CLASSE 1 - ÁGUAS SALINAS  
PADRÕES  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Alumínio dissolvido  1,5 mg/L Al 
Arsênio total  0,01 mg/L As 
Bário total  1,0 mg/L Ba 
Berílio total  5,3 µg/L Be 
Boro total  5,0 mg/L B 
Cádmio total  0,005 mg/L Cd 
Chumbo total  0,01 mg/L Pb 
Cianeto livre  0,001 mg/L CN 
Cloro residual total (combinado + livre)  0,01 mg/L Cl 
Cobre dissolvido  0,005 mg/L Cu 
Cromo total  0,05 mg/L Cr 
Ferro dissolvido  0,3 mg/L Fe 
Fluoreto total  1,4 mg/L F 
Fósforo Total  0,062 mg/L P 
Manganês total  0,1 mg/L Mn 
Mercúrio total  0,0002 mg/L Hg 
Níquel total  0,025 mg/L Ni 
Nitrato  0,40 mg/L N 
Nitrito  0,07 mg/L N 
Nitrogênio amoniacal total  0,40 mg/L N 
Polifosfatos (determinado pela diferença entre fósforo ácido hidrolisável total e fósforo reativo total)  0,031 mg/L P 
Prata total  0,005 mg/L Ag 
Selênio total  0,01 mg/L Se 
Sulfetos (H2S não dissociado)  0,002 mg/L S 
Tálio total  0,1 mg/L Tl 
Urânio Total  0,5 mg/L U 
Zinco total  0,09 mg/L Zn 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Aldrin + Dieldrin  0,0019 µg/L 
Benzeno  700 µg/L 
Carbaril  0,32 µg/L 
Clordano (cis + trans)  0,004 µg/L 
2,4-D  30,0 µg/L 
DDT (p,p'-DDT+ p,p'-DDE + p,p'-DDD)  0,001 µg/L 
Demeton (Demeton-O + Demeton-S)  0,1 µg/L 
Dodecacloro pentaciclodecano  0,001 µg/L 
Endossulfan(a + b + sulfato)  0,01 µg/L 
Endrin  0,004 µg/L 
Etilbenzeno  25 µg/L 
Fenóis totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina)  60 µg/L C6H5OH 
Gution  0,01 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,001 µg/L 
Lindano(g-HCH)  0,004 µg/L 
Malation  0,1 µg/L 
Metoxicloro  0,03 µg/L 
Monoclorobenzeno  25 µg/L 
Pentaclorofenol  7,9 µg/L 
PCBs - Bifenilas Policloradas  0,03 µg/L 
Substâncias tensoativas que reagem com o azul de metileno  0,2 mg/L LAS 
2,4,5-T  10,0 µg/L 
Tolueno  215 µg/L 
Toxafeno  0,0002 µg/L 
2,4,5-TP  10,0 µg/L 
Tributilestanho  0,01 µg/L TBT 
Triclorobenzeno (1,2,3-TCB + 1,2,4-TCB)  80 µg/L 
Tricloroeteno  30,0 µg/L 

III - Nas águas salinas onde ocorrer pesca ou cultivo de organismos, para fins de consumo intensivo, além dos padrões estabelecidos no inciso II deste artigo, aplicam-se os seguintes padrões em substituição ou adicionalmente:

TABELA V - CLASSE 1 - ÁGUAS SALINAS  
PADRÕES para CORPOS DE ÁGUA ONDE HAJA pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo intensivo  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Arsênio total  0,14 µg/L As 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Benzeno  51 µg/L 
Benzidina  0,0002 µg/L 
Benzo(a)antraceno  0,018 µg/L 
Benzo(a)pireno  0,018 µg/L 
Benzo(b)fluoranteno  0,018 µg/L 
Benzo(k)fluoranteno  0,018 µg/L 
2-Clorofenol  150 µg/L 
2,4-Diclorofenol  290 µg/L 
Criseno  0,018 µg/L 
Dibenzo(a,h)antraceno  0,018 µg/L 
1,2-Dicloroetano  37 µg/L 
1,1-Dicloroeteno  3 µg/L 
3,3-Diclorobenzidina  0,028 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,000039 µg/L 
Hexaclorobenzeno  0,00029 µg/L 
Indeno(1,2,3-cd)pireno  0,018 µg/L 
PCBs - Bifenilas Policloradas  0,000064 µg/L 
Pentaclorofenol  3,0 µg/L 
Tetracloroeteno  3,3 µg/L 
2, 4, 6-Triclorofenol  2,4 µg/L 

Art. 19. Aplicam-se às águas salinas de classe 2 as condições e padrões de qualidade da classe 1, previstos no artigo anterior, à exceção dos seguintes:

I - condições de qualidade de água:

a) não verificação de efeito tóxico agudo a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;

b) coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 2500 por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

c) carbono orgânico total: até 5,00 mg/L, como C; e

d) OD, em qualquer amostra, não inferior a 5,0 mg/L O2.

II - Padrões de qualidade de água:

TABELA VI - CLASSE 2 - ÁGUAS SALINAS  
PADRÕES  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Arsênio total  0,069 mg/L As 
Cádmio total  0,04 mg/L Cd 
Chumbo total  0,21 mg/L Pb 
Cianeto livre  0,001 mg/L CN 
Cloro residual total (combinado + livre)  19 µg/L Cl 
Cobre dissolvido  7,8 µg/L Cu 
Cromo total  1,1 mg/L Cr 
Fósforo total  0,093 mg/L P 
Mercúrio total  1,8 µg/L Hg 
Níquel  74 µg/L Ni 
Nitrato  0,70 mg/L N 
Nitrito  0,20 mg/L N 
Nitrogênio amoniacal total  0,70 mg/L N 
Polifosfatos (determinado pela diferença entre fósforo ácido hidrolisável total e fósforo reativo total)  0,0465 mg/L P 
Selênio total  0,29 mg/L Se 
Zinco total  0,12 mg/L Zn 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Aldrin + Dieldrin  0,03 µg/L 
Clordano (cis + trans)  0,09 µg/L 
DDT (p-p'DDT + p-p'DDE + pp'DDD)  0,13 µg/L 
Endrin  0,037 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,053 µg/L 
Lindano(g-HCH)  0,16 µg/L 
Pentaclorofenol  13,0 µg/L 
Toxafeno  0,210 µg/L 
Tributilestanho  0,37 µg/L TBT 

Art. 20. As águas salinas de classe 3 observarão as seguintes condições e padrões:

I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

II - óleos e graxas: toleram-se iridescências;

III - substâncias que produzem odor e turbidez: virtualmente ausentes;

IV - corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;

V - resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;

VI - coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 4.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

VII - carbono orgânico total: até 10 mg/L, como C;

VIII - OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/ L O2; e

IX - pH: 6,5 a 8,5 não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2 unidades.

Seção IV
Das Águas Salobras

Art. 21. As águas salobras de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões:

I - condições de qualidade de água:

a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;

b) carbono orgânico total: até 3 mg/L, como C;

c) OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/ L O2;

d) pH: 6,5 a 8,5;

e) óleos e graxas: virtualmente ausentes;

f) materiais flutuantes: virtualmente ausentes;

g) substâncias que produzem cor, odor e turbidez: virtualmente ausentes;

h) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes; e

i) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverá ser obedecida a Resolução CONAMA nº 274, de 2000 . Para o cultivo de moluscos bivalves destinados à alimentação humana, a média geométrica da densidade de coliformes termotolerantes, de um mínimo de 15 amostras coletadas no mesmo local, não deverá exceder 43 por 100 mililitros, e o percentil 90% não deverá ultrapassar 88 coliformes termolerantes por 100 mililitros. Esses índices deverão ser mantidos em monitoramento anual com um mínimo de 5 amostras. Para a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, bem como para a irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto, não deverá ser excedido o valor de 200 coliformes termotolerantes por 100mL. Para os demais usos não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente.

II - Padrões de qualidade de água:

TABELA VII - Classe 1 - ÁGUAS SALOBRAS  
PADRÕES  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Alumínio dissolvido  0,1 mg/L Al 
Arsênio total  0,01 mg/L As 
Berílio total  5,3 µg/L Be 
Boro  0,5 mg/L B 
Cádmio total  0,005 mg/L Cd 
Chumbo total  0,01 mg/L Pb 
Cianeto livre  0,001 mg/L CN 
Cloro residual total (combinado + livre)  0,01 mg/L Cl 
Cobre dissolvido  0,005 mg/L Cu 
Cromo total  0,05 mg/L Cr 
Ferro dissolvido  0,3 mg/L Fe 
Fluoreto total  1,4 mg/L F 
Fósforo total  0,124 mg/L P 
Manganês total  0,1 mg/L Mn 
Mercúrio total  0,0002 mg/L Hg 
Níquel total  0,025 mg/L Ni 
Nitrato  0,40 mg/L N 
Nitrito  0,07 mg/L N 
Nitrogênio amoniacal total  0,40 mg/L N 
Polifosfatos (determinado pela diferença entre fósforo ácido hidrolisável total e fósforo reativo total)  0,062 mg/L P 
Prata total  0,005 mg/L Ag 
Selênio total  0,01 mg/L Se 
Sulfetos (como H2S não dissociado)  0,002 mg/L S 
Zinco total  0,09 mg/L Zn 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Aldrin + dieldrin  0,0019 µg/L 
Benzeno  700 µg/L 
Carbaril  0,32 µg/L 
Clordano (cis + trans)  0,004 µg/L 
2,4-D  10,0 µg/L 
DDT (p,p'DDT+ p,p'DDE + p,p'DDD)  0,001 µg/L 
Demeton (Demeton-O + Demeton-S)  0,1 µg/L 
Dodecacloro pentaciclodecano  0,001 µg/L 
Endrin  0,004 µg/L 
Endossulfan(a + b + sulfato)  0,01 µg/L 
Etilbenzeno  25,0 µg/L 
Fenóis totais (substâncias que reagem com 4-aminoantipirina)  0,003 mg/L C6H5OH 
Gution  0,01 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,001 µg/L 
Lindano(g-HCH)  0,004 µg/L 
Malation  0,1 µg/L 
Metoxicloro  0,03 µg/L 
Monoclorobenzeno  25 µg/L 
Paration  0,04 µg/L 
Pentaclorofenol  7,9 µg/L 
PCBs - Bifenilas Policloradas  0,03 µg/L 
Substâncias tensoativas que reagem com azul de metileno  0,2 LAS 
2,4,5-T  10,0 µg/L 
Tolueno  215 µg/L 
Toxafeno  0,0002 µg/L 
2,4,5-TP  10,0 µg/L 
Tributilestanho  0,010 µg/L TBT 
Triclorobenzeno (1,2,3-TCB + 1,2,4-TCB)  80,0 µg/L 

III - Nas águas salobras onde ocorrer pesca ou cultivo de organismos, para fins de consumo intensivo, além dos padrões estabelecidos no inciso II deste artigo, aplicam-se os seguintes padrões em substituição ou adicionalmente:

TABELA VIII - Classe 1 - ÁGUAS SALOBRAS  
PADRÕES para CORPOS DE ÁGUA ONDE HAJA pesca ou cultivo de organismos para fins de consumo intensivo  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Arsênio total  0,14 µg/L As 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Benzeno  51 µg/L 
Benzidina  0,0002 µg/L 
Benzo(a)antraceno  0,018 µg/L 
Benzo(a)pireno  0,018 µg/L 
Benzo(b)fluoranteno  0,018 µg/L 
Benzo(k)fluoranteno  0,018 µg/L 
2-Clorofenol  150 µg/L 
Criseno  0,018 µg/L 
Dibenzo(a,h)antraceno  0,018 µg/L 
2,4-Diclorofenol  290 µg/L 
1,1-Dicloroeteno  3,0 µg/L 
1,2-Dicloroetano  37,0 µg/L 
3,3-Diclorobenzidina  0,028 µg/L 
Heptacloro epóxido + Heptacloro  0,000039 µg/L 
Hexaclorobenzeno  0,00029 µg/L 
Indeno(1,2,3-cd)pireno  0,018 µg/L 
Pentaclorofenol  3,0 µg/L 
PCBs - Bifenilas Policloradas  0,000064 µg/L 
Tetracloroeteno  3,3 µg/L 
Tricloroeteno  30 µg/L 
2, 4, 6-Triclorofenol  2,4 µg/L 

Art. 22. Aplicam-se às águas salobras de classe 2 as condições e padrões de qualidade da classe 1, previstos no artigo anterior, à exceção dos seguintes:

I - condições de qualidade de água:

a) não verificação de efeito tóxico agudo a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;

b) carbono orgânico total: até 5,00 mg/L, como C;

c) OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2; e

d) coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 2500 por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente.

II - Padrões de qualidade de água:

TABELA IX - CLASSE 2 - ÁGUAS SALOBRAS  
PADRÕES  
PARÂMETROS INORGÂNICOS  Valor máximo 
Arsênio total  0,069 mg/L As 
Cádmio total  0,04 mg/L Cd 
Chumbo total  0,210 mg/L Pb 
Cromo total  1,1 mg/L Cr 
Cianeto livre  0,001 mg/L CN 
Cloro residual total (combinado + livre)  19,0 µg/L Cl 
Cobre dissolvido  7,8 µg/L Cu 
Fósforo total  0,186 mg/L P 
Mercúrio total  1,8 µg/L Hg 
Níquel total  74,0 µg/L Ni 
Nitrato  0,70 mg/L N 
Nitrito  0,20 mg/L N 
Nitrogênio amoniacal total  0,70 mg/L N 
Polifosfatos (determinado pela diferença entre fósforo ácido hidrolisável total e fósforo reativo total)  0,093 mg/L P 
Selênio total  0,29 mg/L Se 
Zinco total  0,12 mg/L Zn 
PARÂMETROS ORGÂNICOS  Valor máximo 
Aldrin + Dieldrin  0,03 µg/L 
Clordano (cis + trans)  0,09 µg/L 
DDT (p-p'DDT + p-p'DDE + pp'DDD)  0,13 µg/L 
Endrin  0,037 µg/L 
Heptacloro epóxido+ Heptacloro  0,053 µg/L 
Lindano(g-HCH)  0,160 µg/L 
Pentaclorofenol  13,0 µg/L 
Toxafeno  0,210 µg/L 
Tributilestanho  0,37 µg/L TBT 

Art. 23. As águas salobras de classe 3 observarão as seguintes condições e padrões:

I - pH: 5 a 9;

II - OD, em qualquer amostra, não inferior a 3 mg/L O2;

III - óleos e graxas: toleram-se iridescências;

IV - materiais flutuantes: virtualmente ausentes;

V - substâncias que produzem cor, odor e turbidez: virtualmente ausentes;

VI - substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de canais de navegação: virtualmente ausentes;

VII - coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 4.000 coliformes termotolerantes por 100 mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente; e

VIII - carbono orgânico total até 10,0 mg/L, como C.

CAPÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES E PADRÕES DE LANÇAMENTO DE EFLUENTES

Art. 24. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 25. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 26. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 27. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 28. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 29. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 30. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 31. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 32. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 33. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 34. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 1º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 2º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 3º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 4º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

I - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

II - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

III - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

IV - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

V - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

VI - (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 5º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 6º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

§ 7º (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 35. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 36. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 37. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

CAPÍTULO V
DIRETRIZES AMBIENTAIS PARA O ENQUADRAMENTO

Art. 38. O enquadramento dos corpos de água dar-se-á de acordo com as normas e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos-CNRH e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.

§ 1º O enquadramento do corpo hídrico será definido pelos usos preponderantes mais restritivos da água, atuais ou pretendidos.

§ 2º Nas bacias hidrográficas em que a condição de qualidade dos corpos de água esteja em desacordo com os usos preponderantes pretendidos, deverão ser estabelecidas metas obrigatórias, intermediárias e final, de melhoria da qualidade da água para efetivação dos respectivos enquadramentos, excetuados nos parâmetros que excedam aos limites devido às condições naturais.

§ 3º As ações de gestão referentes ao uso dos recursos hídricos, tais como a outorga e cobrança pelo uso da água, ou referentes à gestão ambiental, como o licenciamento, termos de ajustamento de conduta e o controle da poluição, deverão basear-se nas metas progressivas intermediárias e final aprovadas pelo órgão competente para a respectiva bacia hidrográfica ou corpo hídrico específico.

§ 4º As metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final, deverão ser atingidas em regime de vazão de referência, excetuados os casos de baías de águas salinas ou salobras, ou outros corpos hídricos onde não seja aplicável a vazão de referência, para os quais deverão ser elaborados estudos específicos sobre a dispersão e assimilação de poluentes no meio hídrico.

§ 5º Em corpos de água intermitentes ou com regime de vazão que apresente diferença sazonal significativa, as metas progressivas obrigatórias poderão variar ao longo do ano.

§ 6º Em corpos de água utilizados por populações para seu abastecimento, o enquadramento e o licenciamento ambiental de atividades a montante preservarão, obrigatoriamente, as condições de consumo.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 39. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 40. No caso de abastecimento para consumo humano, sem prejuízo do disposto nesta Resolução, deverão ser observadas, as normas específicas sobre qualidade da água e padrões de potabilidade.

Art. 41. Os métodos de coleta e de análises de águas são os especificados em normas técnicas cientificamente reconhecidas.

Art. 42. Enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas classe 2, as salinas e salobras classe 1, exceto se as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente.

Art. 43. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 44. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 45. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução acarretará aos infratores as sanções previstas pela legislação vigente.

§ 1º Os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, no âmbito de suas respectivas competências, fiscalizarão o cumprimento desta Resolução, bem como quando pertinente, a aplicação das penalidades administrativas previstas nas legislações específicas, sem prejuízo do sancionamento penal e da responsabilidade civil objetiva do poluidor.

§ 2º As exigências e deveres previstos nesta Resolução caracterizam obrigação de relevante interesse ambiental.

Art. 46. (Revogado pela Resolução CONAMA nº 430, de 13.05.2011, DOU 16.05.2011 )

Art. 47. Equiparam-se a perito, os responsáveis técnicos que elaborem estudos e pareceres apresentados aos órgãos ambientais.

Art. 48. O não cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os infratores, entre outras, às sanções previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e respectiva regulamentação.

Art. 49. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 50. Revoga-se a Resolução CONAMA nº 020, de 18 de junho de 1986 .

MARINA SILVA

Presidente do Conselho