Publicado no DOE - SE em 17 nov 2014
Dispõe sobre o regime especial de tributação nas operações efetuadas por contribuinte que desenvolve atividade econômica principal de comércio atacadista, revoga o Decreto nº 22.958, de 08 de outubro de 2004, e dá providências correlatas.
O Governador do Estado de Sergipe, no uso das atribuições que lhe são conferidas nos termos do art. 84, incisos V, VII e XXI, da Constituição Estadual; de acordo com o disposto na Lei nº 7.116 , de 25 de março de 2011, e,
Considerando o disposto nos artigos 52 a 56 e 82, todos da Lei nº 3.796 , de 26 de dezembro de 1996, que dispõe quanto ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS;
Considerando a necessidade de tornar mais competitivo o setor atacadista sergipano, frente ao mercado nacional, tendo em vista os benefícios fiscais concedidos ao mesmo setor em outras Unidades da Federação,
Decreta:
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica concedido regime especial de tributação, relativamente ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, em substituição à sistemática normal de apuração, aos contribuintes cuja atividade econômica principal seja o comércio atacadista, devidamente inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado de Sergipe - CACESE, condicionado à celebração de Termo de Acordo entre a Secretaria de Estado da Fazenda - SEFAZ, e o interessado.
§ 1º Para fins deste Decreto considera-se atacadista o contribuinte que destine 80% (oitenta por cento) do volume das vendas à comercialização, produção ou industrialização.
§ 2º Para fins de verificação do disposto no § 1º, será tomada como base a média aritmética das vendas dos últimos 6 (seis) meses do estabelecimento.
§ 3º Para estabelecimento em início de atividade deverá ser observada a proporcionalidade relativamente aos meses de funcionamento.
§ 4º O regime especial de que trata este Decreto estende-se a todos os estabelecimentos do contribuinte mediante requerimento, desde que sejam atendidos os requisitos para habilitação.
(Revogado pelo Decreto Nº 40949 DE 03/08/2021):
(Artigo acrescentado pelo Decreto Nº 40915 DE 11/06/2021):
Art. 1º A. Para os efeitos deste Decreto, considera-se ainda estabelecimento comercial atacadista aquele que tem como atividade principal a revenda de mercadorias por atacado a estabelecimentos varejistas, industriais, agropecuários, prestadores de serviços e institucionais, ou a outros atacadistas.
§ 1º Não se enquadra como atacadista para efeitos deste artigo aquele que efetue venda a pessoa natural consumidor final.
§ 2º Para efeito do disposto neste artigo o atacadista deve efetuar a opção pelo tratamento a ele concedido, irretratável por todo o exercício da opção,observado o disposto no parágrafo único do art. 12-A deste Decreto.
CAPÍTULO II - DO REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO
Seção I - Da Apuração do Imposto
Art. 2° O regime especial de tributação de que trata este Decreto consiste no pagamento dos seguintes percentuais: (Redação do caput dada pelo Decreto Nº 30666 DE 15/05/2017):
I - 6% (seis por cento) sobre o total das entradas do período, quando as mercadorias forem oriundas de unidade federada tributadas com alíquota de 7% (sete por cento); (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30666 DE 15/05/2017).
II - 3% (três por cento) sobre o total das entradas do período, quando as mercadorias forem oriundas de unidade federada tributadas com aliquota de 12% (doze por cento), bem como adquiridas em operações internas; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30666 DE 15/05/2017);
III - 10% (dez por cento) sobre o total das entradas do período, quando as mercadorias forem oriundas de unidade federada tributadas com aliquota de 4% (quatro por cento). Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30666 DE 15/05/2017);
§ 1º Não será exigido o pagamento de que trata o inciso II do "caput" deste artigo nas transferências internas realizadas entre estabelecimentos beneficiados por este Decreto. (Antigo parágrafo único renumerado pelo Decreto Nº 40740 DE 29/12/2020).
§ 2º O recolhimento do ICMS efetuado com a aplicação dos percentuais indicados nos incisos I, II e III do "caput" deste artigo somente se aplica quando efetuado de forma espontânea. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto Nº 40740 DE 29/12/2020).
Art. 3º Na saída interestadual, exceto a consumidor final, o beneficiário deste Decreto deve recolher o percentual de 1,67% (um inteiro e sessenta e sete centésimos por cento) sobre o valor da operação.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o valor recolhido pela entrada da respectiva mercadoria será compensado com o imposto devido, apurado no mesmo período.
Art. 4º O contribuinte beneficiado nos termos deste Decreto deve recolher, além do percentual correspondente às suas entradas, o percentual de 8% (oito por cento), sobre o valor da saída, quando efetuar operações internas destinadas: (Redação do caput dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
I - a consumidor final;
II - a feirante, barraqueiro, bodegueiro, açougueiro, ambulante, cantina e clube social não inscrito no CACESE;
(Revogado pelo Decreto Nº 30013 DE 18/05/2015):
III - a outro estabelecimento, localizado neste Estado, cujo montante das vendas no período represente mais de 5% (cinco por cento) do total das saídas internas;
IV - a estabelecimento varejista da mesma empresa ou de empresa controlada ou coligada, ou que possua sócio com a empresa do contribuinte beneficiado.
§ 1º Considera-se saída para consumidor final aquela não destinada à comercialização, produção ou industrialização.
§ 2º Não se aplica o disposto no "caput" deste artigo em relação às saídas de mercadorias em que o atacadista beneficiado seja contribuinte substituto na forma do art. 8º deste Decreto e nas operações que realizar com os contribuintes elencados nos incisos II e IV do "caput" deste artigo". (Redação do parágrafo dada pelo Decreto Nº 193 DE 22/11/2022).
Art. 4º-A. O contribuinte beneficiado nos termos deste Decreto deve recolher, além do percentual correspondente às suas entradas, o percentual de 8% (oito por cento) sobre os valores das saídas, quando efetuar operações internas destinadas a outro estabelecimento, cujo montante das vendas no período represente mais de 10% (dez por cento) do total das saídas internas. (Redação do artigo dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo em relação às saídas de mercadorias em que o atacadista beneficiado seja contribuinte substituto, na forma do art. 8º deste Decreto. (Parágrafo acrescenrtado pelo Decreto Nº 193 DE 22/11/2022).
Art. 5º Não devem ser exigidos do contribuinte atacadista beneficiado por este Decreto:
I - o pagamento da antecipação tributária sem encerramento da fase de tributação de que trata o art. 785 do Regulamento do ICMS - RICMS;
II - a retenção do ICMS nas vendas de mercadorias destinadas a feirante, barraqueiro, bodegueiro, açougueiro, ambulante, cantina e clube social não inscrito no CACESE, na forma do art. 510 do RICMS, salvo quando atuar como contribuinte substituto na forma do art. 8º deste Decreto. (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30013 DE 18/05/2015).
Seção II - Da Vedação ao Crédito
Art. 6º O tratamento tributário disciplinado neste Decreto veda o aproveitamento de quaisquer créditos fiscais.
Seção III - Da Vedação ao Benefício
Art. 7º Não se aplica o benefício de que trata este Decreto:
I - às empresas de energia elétrica, de comunicação, e madeireiras;
II - às operações com mercadorias sujeitas ao regime da antecipação tributária com encerramento da fase de tributação ou ao regime da substituição tributária, ressalvado o disposto no art. 8º deste Decreto;
III - nas aquisições pelo contribuinte beneficiado de bens de uso e consumo e do ativo imobilizado.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso I do “caput” deste artigo, considera-se madeireira a empresa atacadista que comercialize preponderantemente as madeiras classificadas nas posições 4401, 4403, 4404, 4406, 4407 e 4409 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto Nº 892 DE 09/12/2024).
Seção IV - Da Substituição Tributária
Art. 8º Ao contribuinte beneficiado pelo regime especial de tributação de que trata este Decreto poderá ser atribuída, opcionalmente, a condição de contribuinte substituto, em relação às operações internas subsequentes das mercadorias que comercializar sujeitas ao regime de substituição tributária.
§ 1º Ato do Secretário de Estado da Fazenda definirá, segundo condições que estabelecer, as mercadorias que poderão ser objeto da atribuição prevista no "caput" deste artigo.
§ 2º Na hipótese deste artigo, o contribuinte de que trata o "caput" fará o recolhimento do ICMS, em relação à sua operação própria, na forma do art. 2º deste Decreto, observado o disposto no art. 7º deste Decreto.
§ 3º O contribuinte de que trata o "caput" deste artigo deverá calcular e recolher o imposto devido por substituição tributária, observada a legislação aplicável às operações internas com a mercadoria e aos demais sujeitos passivos por substituição tributária.
§ 4º O imposto devido por substituição tributária será calculado mediante aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo prevista para a mercadoria, deduzindo-se do valor obtido o imposto da operação própria destacado na nota fiscal relativo à sua saída, observado o art. 16 deste Decreto.
§ 5º Para efeito do disposto no "caput" deste artigo, a nota fiscal emitida pelo fornecedor do estabelecimento atacadista deverá conter, no campo "Informações Complementares" a expressão: "Destinatário eleito substituto tributário - conforme Termo de Acordo nº ____/_____".
§ 6º O disposto neste artigo não se aplica às operações internas destinadas a outro contribuinte atacadista optante pela condição de contribuinte substituto, hipótese em que este último será responsável pela substituição tributária.
§ 7º O contribuinte que fizer a opção pela condição de responsável por substituição tributária na forma do "caput" deste artigo deverá:
I - inventariar as respectivas mercadorias em estoque no dia anterior à mudança do regime de tributação, que tenham sido objeto de pagamento integral do imposto a título de substituição ou de antecipação tributária;
II - lançar a crédito o valor apurado, conforme dispuser ato do Secretário de Estado da Fazenda.
§ 8º O contribuinte atacadista que deixar de ser optante pela condição de responsável por substituição tributária na forma do "caput" deste artigo deverá:
I - inventariar as respectivas mercadorias em estoque ao final do dia anterior à mudança do regime de tributação;
II - recolher o ICMS relativo ao estoque das mercadorias de que trata o inciso I, observada a regra geral de substituição tributária, até o dia 15 (quinze) do mês seguinte, ou em até 12 (doze) parcelas mensais, iguais e sucessivas, na forma da legislação.
CAPÍTULO III - DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO
Art. 9º A concessão do benefício dar-se-á mediante Termo de Acordo, em face de requerimento efetuado pelo contribuinte interessado, dirigido a Superintendência de Gestão Tributária e Não Tributária - SUPERGEST, instruído com os seguintes documentos:
I - cópia autenticada do ato constitutivo da empresa devidamente registrado na Junta Comercial do Estado de Sergipe - JUCESE;
II - certidão negativa de débitos fiscais, junto à Fazenda Estadual;
III - certidão negativa de débitos fiscais do estabelecimento, relativa a Contribuições Previdenciárias;
IV - cópia autenticada do Livro de Registro de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS;
V - declaração de que trata o § 1º do art. 10 deste Decreto, se for o caso.
§ 1º A SEFAZ poderá solicitar outros documentos que julgar necessário para análise do requerimento, mediante notificação.
§ 2º O SUPERGEST poderá indeferir o pedido do contribuinte ou excluí-lo da sistemática de que trata este Decreto, na hipótese em que realize operações com produtos adquiridos em outra Unidade da Federação que concorram de forma predatória com os produzidos e/ou comercializados neste Estado.
Art. 10. Para fins de habilitação no benefício de que trata o art. 1º deste Decreto, devem ser obrigatoriamente observadas as seguintes condições dos contribuintes solicitantes:
I - estar apto perante o CACESE;
II - que não seja participante ou tiver sócio que participe de empresa inscrita na Dívida Ativa do Estado, ou que tiver ou venha a ter a inscrição estadual cancelada ou suspensa;
III - estar em situação regular com suas obrigações previdenciárias.
(Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 193 DE 22/11/2022):
IV - o número mínimo de empregados devidamente comprovado por declaração emitida pelo próprio contribuinte acompanhada, se for o caso, pela declaração da empresa de logística contratada para execução das atividades, contendo o nome e a data de admissão de cada um deles, guardando relação com o faturamento anual da empresa, deve obedecer aos seguintes critérios:
a) faturamento anual de até 15.597 UFPs, mínimo de 03 (três) empregados;
b) faturamento anual superior a 15.597 UFPs e de até 38.991 UFPs, mínimo de 06 (seis) empregados;
c) faturamento anual superior a 38.991 UFPs e de até 129.971 UFPs, mínimo de 10 (dez) empregados;
d) faturamento anual superior a 129.971 UFPs, mínimo de 20 (vinte) empregados;
V - o local do estabelecimento tem que ser compatível com a atividade de atacadista e dispor de espaço físico apropriado, para a estocagem de mercadoria, salvo se, pela tipicidade da natureza da operação, não devam as mercadorias por ali transitar, conforme previsto em contrato social.
§ 1º O estabelecimento em início de atividade deverá apresentar declaração de que atenderá ao disposto no inciso IV do "caput" deste artigo.
§ 2º Para efeitos do disposto no inciso IV do "caput" deste artigo, caso o estabelecimento não tenha completado 01 (um) ano do início de suas atividades, deverá ser observada a proporcionalidade relativamente aos meses de funcionamento.
Art. 11. Para o fim de renovação do regime especial de tributação a que se refere este Decreto, o contribuinte, no período de vigência do benefício, deve ter atendido, comprovadamente, as mesmas condições estabelecidas no art. 10 deste Decreto.
CAPÍTULO IV - DA EXCLUSÃO
Art. 12. Será excluído do benefício concedido de acordo com este Decreto, o contribuinte que:
I - formalizar comunicação nesse sentido; (Inciso acrescentado pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
(Revogado pelo Decreto Nº 30013 DE 18/05/2015):
I - nos últimos 06 (seis) meses obtenha média aritmética de saída interna de mercadorias, em relação ao total de suas saídas, superior a:
a) 10% (dez por cento) para um mesmo estabelecimento, para estabelecimento varejista da empresa beneficiária, para empresa controlada, coligada ou que possua sócio comum;
b) 30% (trinta por cento) para uma única empresa varejista;
II - deixar de atender às condições para habilitação estabelecidas neste Decreto; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
III - oferecer embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiver obrigado, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que tenha sido intimado a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
IV - oferecer resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolva suas atividades ou se encontre bens de sua propriedade; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
V - ter sua constituição ocorrida por interpostas pessoas; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
VI - ter sido constatada conduta que venha a caracterizar crime contra a ordem tributária; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
VII - adquirir, manter em estoque ou comercializar mercadorias sem documento fiscal ou sendo este inidôneo, inclusive no caso de omissão de saídas; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
VIII - ser constatado que, quando do ingresso no regime especial de tributação previsto neste Decreto, não atendia aos requisitos exigidos para o credenciamento; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
IX - ficar inadimplente, por mais de 30 (trinta) dias, do pagamento integral do ICMS apurado nos termos deste Decreto; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
X - atrasar, por mais de 30 (trinta) dias, o cumprimento de obrigações acessórias, especialmente entrega de EFD e das informações relativas ao regime tributário deste Decreto; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
XI - ter sido decretada a falência, extinção pela liquidação, ou cisão da pessoa jurídica; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
XII - adquirir mercadorias com preço subfaturado devidamente comprovado pelo Fisco; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
XIII - deixar de reter e/ou recolher o imposto relativo às mercadorias sujeitas à substituição tributária; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
XIV - fizer a opção pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional; (Redação do inciso dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
XV - encerrar suas atividades; (Inciso acrescentado pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
XVI - deixar de emitir nota fiscal nas operações que realizar. (Inciso acrescentado pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016).
Parágrafo único. A critério da SUPERGEST, o cometimento de infrações não indicadas no "caput" deste artigo e apuradas através de Auto de Infração poderá implicar na perda do benefício, observado o disposto no art. 14 deste Decreto.
(Artigo acrescentado pelo Decreto Nº 30013 DE 18/05/2015):
Art. 12-A. Será excluído do benefício concedido de acordo com este Decreto, o contribuinte que nos últimos 06 (seis) meses obtenha média aritmética de saída interna de mercadorias, em relação ao total de suas saídas, superior a:
I - 15% (quinze por cento), para um mesmo estabelecimento, para estabelecimento varejista da empresa beneficiária, para empresa controlada, coligada ou que possua sócio comum;
II - 50% (cinquenta por cento), para uma única empresa varejista
(Revogado pelo Decreto Nº 40949 DE 03/08/2021):
Parágrafo único. Para o atacadista optante pelo tratamento concedido nos termos do art. 1º A deste Decreto o disposto de que trata o inciso I do caput deste artigo será de 50% (cinquenta por cento). (Parágrafo acrescentado pelo Decreto Nº 40915 DE 11/06/2021).
(Redação do artigo dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016):
Art. 13. A exclusão do benefício será efetuada por meio da revogação do Termo de Acordo, sendo o contribuinte cientificado mediante Termo de Exclusão devidamente fundamentado, expedido por servidor do Fisco lotado no setor específico, abrindo-se prazo para impugnação.
§ 1º Tratando-se de constatação de hipótese de exclusão por meio dos sistemas informatizados da SEFAZ, a exemplo de atraso na entrega de declarações, irregularidade cadastral e inadimplemento do imposto, deverá o setor fiscal responsável pelo monitoramento efetuar a ciência do Termo de Exclusão ao contribuinte.
§ 2º A exclusão poderá ser impugnada por escrito à SUPERGEST, em até 30 (trinta) dias da ciência do Termo de Exclusão.
§ 3º Na hipótese do § 1º deste artigo, a impugnação do contribuinte deve ser restrita à comprovação do pagamento, entrega do arquivo ou regularização do cadastro.
§ 4º A competência para decidir acerca da impugnação é do titular da SUPERGEST em instância única.
§ 5º Será mantido no regime especial de tributação previsto neste Decreto o contribuinte que regularizar as pendências a que se referem os incisos IX, X e XIII do art. 12 deste Decreto, no prazo disposto no § 2º deste artigo.
§ 6º Em se tratando da lavratura de Auto de Infração pelas infrações dispostas no art. 12 deste Decreto, o Termo de Exclusão será expedido pelo titular da SUPERGEST, após a decisão final do processo na esfera administrativa, hipótese em que não caberá impugnação e, caso haja pagamento, antes da decisão final, o benefício será mantido.
§ 7º O titular da SUPERGEST poderá revogar o benefício de que trata este Decreto quando do cometimento de infrações, apuradas por meio de Auto de Infração, não dispostas no art. 12, na forma e condições estabelecidas no § 6º deste artigo.
(Redação do artigo dada pelo Decreto Nº 30387 DE 19/10/2016, efeitos a partir de 01/11/2016):
Art. 14. A exclusão do tratamento tributário diferenciado deve produzir efeitos a partir do primeiro dia do mês subsequente:
I - ao da data da comunicação de exclusão do regime efetuada pelo contribuinte;
II - ao da ciência do resultado da impugnação do Termo de Exclusão;
III - ao da ciência do Termo de Exclusão, quando não couber impugnação.
§ 1º A exclusão do benefício de que trata este Decreto para o contribuinte que fizer a opção pelo Simples Nacional produzirá efeitos a partir do 1º dia do mês em que for incluso no Simples.
§ 2º O contribuinte excluído do benefício previsto neste Decreto sujeitar-se-á, a partir do período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis aos contribuintes em geral.
CAPÍTULO V - DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Art. 15. O contribuinte beneficiado deve escriturar normalmente os documentos fiscais nos Livros Fiscais próprios, bem como apurar o imposto devido no Livro Registro de Apuração do ICMS, em relação a entradas e saídas de mercadorias.
§ 1º devem ser estornados no Livro Registro de Apuração do ICMS os valores apurados a título de crédito e débito nos respectivos livros de entrada e de saída de mercadoria.
§ 2º Ato do Secretário de Estado da Fazenda deve estabelecer mapa de apuração do valor do imposto devido, devendo o valor do débito ser lançado no Livro Registro de Apuração do ICMS a título de outros débitos
Art. 16. O beneficiário deste Decreto deve efetuar o destaque normal do imposto, nas saídas de mercadorias sujeitas à tributação, apenas para efeito de creditamento do adquirente.
Art. 17. A substituição tributária interna e a antecipação tributária com encerramento de fase de tributação serão apuradas e recolhidas pelo contribuinte beneficiado por este Decreto mediante Mapa de Apuração do ICMS, instituído em ato do Secretário de Estado da Fazenda.
Art. 18. O disposto neste Decreto não dispensa o cumprimento das demais obrigações acessórias previstas na legislação tributária.
CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 19. Ficam habilitados automaticamente ao benefício estabelecido neste Decreto, pelo prazo remanescente, os contribuintes que possuam Termo de Acordo vigente conforme as disposições do Decreto nº 22.958 , de 08 de outubro de 2004.
Parágrafo único. No prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da publicação deste Decreto, os contribuintes a que se refere o "caput" deste artigo devem informar à SUPERGEST, mediante petição devidamente fundamentada:
I - se não pretende aderir ao benefício deste Decreto;
II - se pretende ser optante pela condição de contribuinte substituto na forma do art. 8º deste Decreto.
Art. 20. No período de 1º de setembro a 31 de dezembro de 2014, na transferência interestadual, o beneficiário deste Decreto deve recolher o percentual de 1,67% (um inteiro e sessenta e sete centésimos por cento) sobre o valor da operação.
§ 1º Na hipótese deste artigo, o valor recolhido pela entrada da respectiva mercadoria será compensado com o imposto devido, apurado no mesmo período.
§ 2º O disposto neste artigo não autoriza a restituição de valores eventualmente pagos sem sua observância.
CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 21. O Secretário de Estado da Fazenda pode expedir normas complementares, instruções e orientações para garantir a fiel observância do disposto neste Decreto.
Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, exceto em relação ao disposto no art. 3º, que produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2015.
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 22.958 , de 08 de outubro de 2004, e suas alterações subsequentes.
Aracaju, 14 de novembro de 2014; 193º da Independência e 126º da República.
JACKSON BARRETO DE LIMA
GOVERNADOR DO ESTADO
Jeferson Dantas Passos
Secretário de Estado da Fazenda
Benedito de Figueiredo
Secretário de Estado de Governo