Imagine se fosse possível decidir o destino do seu imposto e acompanhar a prestação de contas de cada real? Isso acontece com quem doa parte do Imposto de Renda ao Fundo Pró-Infância, que rege os Direitos da Criança e do Adolescente. Embora a legislação complete 20 anos em 2010, seus benefícios ainda são pouco utilizados. Em 2009, dos R$ 114 milhões que os gaúchos poderiam doar para entidades sociais da Capital, apenas R$ 11 milhões chegaram ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. É preciso melhorar esses números. Para isso, a Gerdau atua como disseminadora da Lei 8.069. Nossa empresa, uma das maiores companhias mundiais do ramo de siderurgia, soube da existência do Fundo em 1999, quando quatro entidades assistenciais de Porto Alegre bateram à porta para dizer que poderiam ter o apoio da empresa sem qualquer gasto. A ideia foi muito bem recebida.

Somente no ano passado, para a Fundação Pão dos Pobres de Santo Antônio, entidade porto-alegrense que completou 115 anos em agosto último, a Gerdau destinou mais de R$ 260 mil, beneficiando 160 crianças do Centro de Atendimento Integral (Cati) da instituição e outras 400 do Centro de Ensino Profissionalizante (CEP). Para incentivar a participação, a Gerdau financia a doação dos colaboradores. Se 250 mil pessoas, de um universo de quase 1,7 milhão de habitantes de Porto Alegre, fizerem a doação de R$ 95,31, será possível arrecadar, pelo Funcriança, R$ 23 milhões. Para contribuir, basta fazer a declaração completa, no caso de pessoa física (PF), ou pelo lucro real, para pessoa jurídica (PJ). A PF pode doar até 6% do imposto devido, enquanto a PJ, até 1%. Atenção: a doação tem que ser feita antes de declarar o imposto. No caso do contribuinte pessoa física, o prazo vai até dezembro de 2010. Já as empresas podem deduzir do Imposto de Renda devido em cada período de apuração. Na hora de doar, é importante levar em conta a idoneidade da instituição, pois as crianças são o futuro do Brasil.

Fonte: Jornal do Comércio – RS