30 abr 2015 - Trabalho / Previdência
Entre 2010 e 2015, houve uma queda do nível de emprego de 14% na construção pesada, que representa as grandes obras e paga melhor; e de 5,8% na construção de edificações em geral. Os dados foram apresentados pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon) durante audiência pública das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.
Para Petrônio Lerche Vieira, diretor-executivo do Sinicon, embora o total de empregos do Brasil esteja se equilibrando, o setor de construção está em crise e pode perder mais empregos se não se recuperar. "O problema é que, pelo perfil do empregado, seu preparo e escolaridade, ele não tem condições de conseguir um emprego com a mesma remuneração em outras áreas", argumentou.
Já de acordo com Joílson Cardoso, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), um dos problemas do setor é a alta rotatividade. Nos dados do Sinicon, o número de contratações e demissões deixava sempre um saldo positivo até 2014, mas, ainda assim, mais de 60% dos trabalhadores passavam por esse rodízio. "Claro que há uma sazonalidade, o começo e fim de grandes obras, no entanto é possível ver que a finalidade da troca de empregados é a redução da massa salarial", disse.
Fonte: Agência Câmara Notícias