Juros para pessoa física são os menores em 15 anos, diz Anefac


15 out 2010 - IR / Contribuições

Portal do SPED

A taxa média de juros para pessoa física apresentou em setembro a terceira queda mensal consecutiva, atingindo o menor nível dos últimos 15 anos. A pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) aponta baixa de 0,01 ponto porcentual nas taxas em operações de crédito, de 6,75% para 6,74% ao mês, o menor nível da série histórica do levantamento, iniciada em janeiro de 1995. A nova taxa corresponde a juros de 118,74% ao ano.

A queda foi puxada por três das seis linhas de crédito que compõem o cálculo da taxa média para pessoa física: juros do comércio, empréstimo pessoal de bancos e empréstimo pessoal de financeiras. Das modalidades de crédito pesquisadas pela Anefac, duas ficaram estáveis em setembro (cartão de crédito e financiamento de automóveis) e uma cresceu no período: cheque especial. De janeiro a setembro, a taxa de juros média para pessoa física teve redução de 3,22 pontos porcentuais, passando de 121,96% para 118,74% ao ano.

A redução também foi observada na taxa média para pessoa jurídica, que em setembro apresentou recuo de 0,04 ponto porcentual, indo de 3,82% para 3,78% ao mês. O número é o menor desde março e corresponde a uma taxa de 56,09% ao ano. Das três linhas de crédito usadas para cálculo da taxa média, duas apresentaram baixa em setembro (capital de giro e desconto de duplicatas) e uma teve elevação (conta garantida). No período de janeiro a setembro, o crédito para as empresas se manteve estável.

Em comunicado, a entidade prevê que os juros em operações de crédito deverão seguir em tendência de queda nos próximos meses, com baixas superiores às eventuais quedas da taxa básica de juros, a Selic. "Deveremos inclusive ter períodos em que a Selic vai ficar inalterada e as taxas de juros das operações de crédito vão ser reduzidas", estima a entidade. "O ano de 2010 deverá ser extremamente positivo no crédito, fazendo com que o volume total atinja 50% do Produto Interno Bruto (PIB)." A Anefac sustenta a expectativa com base em fatores como redução da inadimplência e melhora do ambiente econômico.


Fonte: Agência Estado