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País cai em lista de ambiente de negócios


4 nov 2010 - Contabilidade / Societário

Consulta de PIS e COFINS

Com poucas melhoras de 2006 para cá, Brasil perde três posições e continua no terço final em ranking do Bird

São necessários 4 anos para fechar empresa no país, ante 0,8 ano no Canadá, afirma estudo anual do Banco Mundial

O Brasil pouco fez para melhorar o ambiente de negócios nos últimos cinco anos e continua no terço final do ranking de empreendedorismo elaborado anualmente pelo Banco Mundial.

O país perdeu três posições na pesquisa "Doing Business 2011" e agora está no 127º lugar entre 183 países.

O levantamento do Banco Mundial (que leva em conta fatores como a facilidade para abrir ou fechar uma empresa e acesso a crédito) mostra que o Brasil evoluiu pouco de 2006 para melhorar a sua colocação no ranking.

De lá para cá, o Brasil é somente o 86º que mais melhorou a sua nota, apesar de que, em 2006, já estava mal colocado: era o 119º em uma lista que tinha 155 países.

Com isso, conseguiu ser ultrapassado por países como Ruanda, que era o 139º na lista de 2006 e agora está na 58ª posição.

O país africano só teve evolução menor que a Geórgia na sua nota nesse período.

As dificuldades para pagar tributos são um dos motivos que explicam o porquê de o Brasil estar atrás de nações como Suazilândia e Belize. São necessárias, por exemplo, 2.600 horas para coletar dados, preencher formulários e pagar impostos -mais uma vez, recorde mundial.

Outro entrave é o tempo para fechar uma empresa no país. Nesse índice, o Brasil está na 132ª posição. Um exemplo: são necessários quatro anos para que um negócio seja encerrado, ante 0,8 ano no Canadá.

Os fatores em que o Brasil se sai melhor são proteção aos investidores (74º lugar) e acesso ao crédito (89º).

Cingapura continua na liderança do ranking, seguida novamente por Hong Kong.

Brasil melhora em ranking financeiro

Impulsionado pela estabilidade financeira, o Brasil melhorou o desempenho na edição de 2010 do ranking de desenvolvimento financeiro do Fórum Econômico Mundial, divulgado hoje.

O país subiu duas posições, para o 32º lugar, entre 57 países avaliados.

Já os Estados Unidos (primeiro) e o Reino Unido (segundo), mesmo com resultados enfraquecidos nas avaliações, conquistaram o topo do ranking.

Segundo o relatório, a "força fundamental" para a escalada brasileira foi a estabilidade financeira (décimo no ranking), sustentada por uma moeda robusta e pela estabilidade do sistema bancário.

Também obtiveram destaque os serviços financeiros não bancários (12º) e os IPOs (oferta inicial de ações), além das fusões e aquisições e do mercado de seguros de saúde.

Puxando o país para baixo estão a ineficiência do sistema bancário e o ambiente institucional, influenciado, por exemplo, pela falta de confiança nos políticos (52º).

O ambiente de negócios brasileiro também teve desempenho fraco no ranking (48º), prejudicado pelo alto custo e por um regime fiscal pesado e distorcido (52º).


Fonte: Folha de S.Paulo