Presidente do Sescon-RS defende: “É hora da agenda positiva”


18 mai 2016 - IR / Contribuições

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Há menos de uma semana, o Brasil mudou seu principal mandatário. A então presidente Dilma Rousseff foi afastada temporariamente, após o Senado admitir o processo de impeachment. O SESCON-RS, que sempre se posicionou em prol de mudanças no cenário político, tem uma pauta propositiva e acredita que a agenda positiva possa ser a alternativa no curto prazo para modificar o ambiente desfavorável.

De acordo com o Presidente Diogo Chamun, a primeira solução é tirar da pauta a possibilidade de novos impostos ou ampliação de alíquotas já existentes. “Mesmo com a troca de governo, o assunto CPMF continua circulando nos bastidores. O ministro Meirelles e a nova equipe econômica não podem levar em frente essa ideia, que já era um erro no Governo Dilma”, alerta.

Além disso, Chamun destaca a necessidade de Michel Temer também ser cirúrgico na escolha dos segundo e terceiro escalões dos órgãos, visto que nesse patamar da administração é que deve se encontrar os profissionais com muita capacidade técnica. “Nessa camada administrativa não podemos ter políticos, mas sim gente com muito conhecimento científico”, ressalta.

TRÊS PILARES – Para o professor de Economia da PUC-RS, universidade parceira do SESCON-RS no Projeto Gestão Pública Eficaz, Gustavo de Moraes, Michel Temer deve se ater a três pilares no curto prazo: credibilidade para a política econômica, reformas estruturais e nova filosofia na administração pública.

A política de juros pode ser atenuada pela construção da credibilidade. Medidas de política econômica que geram equilíbrio fiscal e confiança são fundamentais para que não haja aumento de impostos. “Não apenas a atuação do ministro Meirelles na Fazenda, mas também a atuação do ministro do Planejamento e Orçamento (agora com o BNDES), Romero Jucá, serão decisivas para o futuro da economia brasileira”, afirma Moraes.

GOVERNAR PARA 200 MILHÕES – No que diz respeito às reformas, segundo o professor, é possível iniciar o processo de mudança na Previdência e nas relações trabalhistas, além de buscar uma maior simplificação tributária. Quanto à administração pública, Gustavo de Moraes defende uma maior profissionalização das funções e uma revisão nos cargos de confiança (CC’s).

Essas propostas são perfeitamente exequíveis. O SESCON-RS, enquanto entidade de classe empresarial, volta a acreditar que é possível retomar o crescimento do país, desde que uma coalização sem interesses minoritários passe a valer desde já. “A visão deve ser sistêmica, do todo. Devemos pensar para 200 milhões e não para a conveniência de apenas uma facção política”, complementa Diogo Chamun.


Fonte: O Sul