O País melhora no ranking do empreendedorismo


22 nov 2010 - Contabilidade / Societário

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Dezenas de milhares de empreendedores, sobretudo de pequeno porte, participaram das feiras promovidas neste ano, em todo o País, pelo Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e, nos últimos dias, da Semana do Empreendedorismo, realizada em São Paulo, de 16 a 20 de novembro, no Expo Center Norte.

Os empreendedores objeto da atenção do Sebrae são prestadores de serviços - de limpeza, manutenção, beleza ou no preparo de alimentos, entre outros -, comércio ambulante ou venda direta de produtos, pesca, serviços sociais ou ainda pequenas fábricas de componentes para máquinas e equipamentos, plásticos, têxteis, calçados, cosméticos e até em inovação e tecnologia.

Calcula-se que 4 milhões de novos empreendedores surgiram no Brasil em 2010, quando aumentou o total de empreendedores de 15 milhões para 19 milhões e o País passou ao 2.º lugar na classificação do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), excluídas China e Índia, segundo o jornal O Globo.

A pesquisa GEM, feita em mais de 60 países, abrange no Brasil o conjunto de empreendedores, muitos dos quais ainda na informalidade. Desde agosto de 2009 o Sebrae ajudou a incorporar à formalidade 700 mil empreendimentos, dos quais 46,5 mil em outubro.

Além da recuperação da economia e do aumento da demanda, eles se beneficiam com os estímulos à formalização, como a desoneração tributária nas esferas federal, em que há cerca de 4 milhões de empresas incluídas no Simples Nacional, e na estadual. O Estado de São Paulo, por exemplo, isenta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) as companhias que faturam até R$ 240 mil por ano e oferece tratamento preferencial àquelas que faturam até R$ 2,4 milhões anuais.

As micro e pequenas empresas são relevantes para a economia e as maiores empregadoras do País, respondendo por mais de 40 milhões de vagas. Somente neste ano, até agosto, os pequenos negócios geraram 1,3 milhão de postos com carteira assinada, mais que o dobro dos 600 mil criados por médias e grandes companhias, estima o Sebrae.

O empreendedorismo poderá se desenvolver com investimentos na educação básica de alta qualidade e com novas medidas de desoneração tributária. Mas dependerá, sobretudo, da adoção de uma política macroeconômica equilibrada, assegurando a recuperação das contas públicas e a queda da inflação e dos juros, para que o País não deixe de crescer.


Fonte: O Estado de S.Paulo