3 jul 2017 - Comércio Exterior
O Mercosul vem negociando com a União Europeia, um acordo de complementação econômica para diminuir as tarifas dos produtos importados daquele bloco. Em contrapartida, além da mesma redução das tarifas para os produtos importados pela UE, também espera-se uma abertura maior para os produtos agropecuários brasileiros.
Estima-se que a indústria brasileira necessite, por proteção, que a abertura de mercado para a entrada dos produtos da UE seja em até 15 anos, ao contrário do prazo inicial que era de 10 anos.
Isso significa que os termos serão diferentes para os dois lados: para o Brasil em 15 anos, para os europeus de 7 a 8 anos para zerar suas tarifas de importação.
Os europeus já não cobram imposto em cerca de 25% de suas importações de produtos industriais. Mas, em 1.001 produtos que o Brasil teria melhores condições de competir, há taxação em 67% deles, segundo a CNI.
Em missão à Bruxelas, um grupo de 30 industriais brasileiros participa de uma nova rodada de negociações. O intuito é pressionar para que o assunto não fique em compasso de espera até as eleições da Alemanha, em setembro.
A parte mais complicada da negociação começa em setembro, tratando da abertura do mercado sul-americano para os produtos industriais europeus e a da Europa para os itens agropecuários daqui.
Os empresários que vão acompanhar as negociações em Bruxelas querem também que os europeus ampliem as cotas de importação a tarifas baixas de produtos como carne de frango e bovina, tabaco e açúcar.
Outro ponto importante é a crítica ao sistema de controle sanitário do Brasil, após inspecionar amostras de carne exportadas.
Fonte: Legisweb