3 out 2019 - Comércio Exterior
País tem superávit comercial de US$ 2,246 bilhões em setembro, elevando para US$ 33,790 bilhões o saldo acumulado no ano e para US$ 50,086 bilhões o valor em 12 meses.
A balança comercial brasileira registrou uma corrente de comércio (soma das exportações e importações) de US$ 300,968 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º/10), em Brasília, pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia (Secint/ME). Somente em setembro, o fluxo comercial do país atingiu US$ 35,233 bilhões, enquanto em 12 meses esse valor chega a US$ 409,034 bilhões.
AnáliseO subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) da Secint, Herlon Brandão, explica que um dos fatores que motivou a queda das exportações é a base da comparação, pois no segundo semestre do ano passado os números foram mais altos do que a média dos anos anteriores.
Além disso, o Brasil sente os impactos da economia internacional menos aquecida, em grande parte devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que faz com que os preços dos produtos diminuam.
Ele cita também a queda na demanda por soja, devido a uma menor produção de proteína animal no mundo. “A China, por exemplo, enfrenta um problema sanitário. Há um menor rebanho suíno e isso faz com que ela demande menos soja. Isso afeta o volume, porque é o maior mercado brasileiro, e afeta os preços do produto”, comentou.
Há também uma redução nos volumes de minério de ferro exportados, desde o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), mas o aumento dos preços no mercado internacional, nesse caso, compensa a queda da quantidade.
Outro impacto vem da menor demanda da Argentina, devido à crise econômica do país vizinho. Essa situação reduz a demanda de bens, principalmente de automóveis, do Brasil.
Fonte: SISCOMEX