10 jun 2021 - Comércio Exterior
Sexta rodada representou o reinício das negociações, que teve o último encontro adiado devido à pandemia da Covid-19
O Mercosul retomou as conversas para formalizar um acordo comercial com a Coreia do Sul. A sexta rodada de Negociações Mercosul-Coreia do Sul foi realizada por meio de videoconferências, entre 31 de maio e 4 de junho. “A rodada representou a retomada das negociações em ritmo ativo. Devido à pandemia da Covid-19, os grupos negociadores não se encontravam em conjunto desde fevereiro de 2020”, informou o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.
Durante o encontro, nove grupos se reuniram para tratar dos seguintes temas: acesso ao mercado de bens; comércio de serviços, comércio eletrônico e investimentos; regras de origem; medidas sanitárias e fitossanitárias; barreiras técnicas ao comércio; assuntos institucionais; direito de propriedade intelectual; defesa comercial, e facilitação do comércio.
Os negociadores-chefes de ambas as partes planejam realizar a sétima rodada no final de agosto deste ano, em data a ser confirmada. Até lá, os dois lados vão continuar os contatos intersecionais a fim de avançar nos preparativos para os trabalhos.
Sobre o acordo
As negociações Mercosul-Coreia do Sul foram lançadas em 25 de maio de 2018, em Seul, na Coreia do Sul. Estimativas da Secretaria de Comércio Exterior indicam que a rede de acordos comerciais em negociação ou concluídos terá um impacto positivo de R$1,7 trilhão no Produto Interno Bruto (PIB) até 2040. “A negociação de acordos comerciais é um dos pilares da estratégia do Ministério da Economia para aumento da competitividade via inserção internacional do Brasil”, destacou Lucas Ferraz.
A negociação com a Coreia do Sul integra a estratégia do governo voltada para a Ásia. Estudos da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que as negociações com Coreia do Sul, Singapura, Indonésia e Vietnã trarão aumentos, em termos acumulados até 2040, de R$ 502 bilhões no PIB brasileiro, R$327 bilhões em investimentos no país e R$ 1,3 trilhão na corrente de comércio entre o Brasil e esses países, além de ganhos na massa salarial e da queda nos preços.
Fonte: Ministério da Economia