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Superávit da balança sobe 24,2% e chega a US$ 58,83 bilhões no ano


14 dez 2021 - Comércio Exterior

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Dados da Secex até a segunda semana de dezembro mostram corrente de comércio de US$ 472,42 bilhões, em alta de 36,6%, com US$ 265,63 bilhões em exportações e US$ 206,79 bilhões em importações.   A balança comercial atingiu superávit de US$ 58,83 bilhões no acumulado do ano, até a segunda semana de dezembro, com alta de 24,2% pela média diária, sobre o período de janeiro a dezembro de 2020. Já a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 472,42 bilhões, com crescimento de 36,6%.      

As exportações em 2021 já somam US$ 265,63 bilhões, com aumento de 35,1%, enquanto as importações subiram 38,5% e totalizam US$ 206,79 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (13/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.       

No acumulado do mês, as exportações cresceram 43% e somaram US$ 9,60 bilhões, enquanto as importações subiram 36,6% e totalizaram US$ 7,82 bilhões. Dessa forma, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,77 bilhão, em alta de 80,5%, e a corrente de comércio alcançou US$ 17,42 bilhões, subindo 40,1%.    

Apenas na segunda semana de dezembro, as exportações somaram US$ 5,51 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 4,858 bilhões. Assim, a balança comercial registrou o superávit de US$ 652 milhões e a corrente de comércio alcançou US$ 10,368 bilhões.    

Veja os principais resultados da balança.

Exportações no mês

Nas exportações, comparadas a média diária até a segunda semana deste mês (US$ 1,199 bilhão) com a de dezembro de 2020 (US$ 838,71 milhões), houve crescimento de 43% em razão do aumento nas vendas da Indústria Extrativista (+39,4%), da Indústria de Transformação (+42,6%) e da Agropecuária (+52,9%).  

Na Indústria Extrativista, os destaques para o aumento das exportações foram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+129,3%); minérios de cobre e seus concentrados (+122,1%); outros minerais em bruto (+41%); pedra, areia e cascalho (+55,6%) e fertilizantes brutos, exceto adubos (+199,9%).

Já na Indústria de Transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+210,9%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (+95,4%); celulose (+88,9%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+43,1%) e alumina, óxido de alumínio, exceto corindo artificial (+115,4%).

Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações refletiu, principalmente, o crescimento nas vendas de soja (+1.423,9%); trigo e centeio, não moídos (+117,2%); especiarias (+160,7%); café não torrado (+7,2%) e madeira em bruto (+130,9%).

Importações no mês      

Nas importações, a média diária até a segunda semana de dezembro de 2021 (US$ 977,94 milhões) ficou 36,6% acima da média de dezembro do ano passado (US$ 715,84 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras da Indústria de Transformação (+29,2%), da Agropecuária (+22,9%) e, também, de produtos da Indústria Extrativista (+204,8%).

Na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos, (+142,5%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+152,5%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+106,1%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+96,5%) e compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (+83%).

Na Agropecuária, a alta ocorreu, principalmente, pela compra de trigo e centeio, não moídos (+109,3%); milho não moído, exceto milho doce (+153,5%); cacau em bruto ou torrado (+21,2%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+9,3%) e algodão em bruto (+1.463%).

Por fim, na Indústria Extrativista a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de gás natural, liquefeito ou não (+447%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+430,6%); outros minérios e concentrados dos metais de base (+313,3%); fertilizantes brutos, exceto adubos (+117,8%) e outros minerais em bruto (+5,7%).


Fonte: Ministério da Economia