25 ago 2011 - ICMS, IPI, ISS e Outros
O Sped Fiscal continua sendo um tema polêmico para empresários, contadores e administradores. Na tarde de ontem, diversas entidades de classe como o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do RN (Sescon), CDL, Fecomercio, Sebrae, Sindicato das Empresas de Informática e Associação das Empresas de Tecnologia da Informação do RN se reuniram na Secretaria Estadual de Tributação para debater o assunto.
As empresas potiguares têm até o dia 30 de setembro para enviar ao Fisco as informações contábeis do ano inteiro em um documento digital, o chamado Sped Fiscal. O prazo é que tem sido motivo de controvérsia. Contadores e empresários defendem que a data de entrega seja esticada, já que não estão conseguindo atender às exigências do governo federal. O executivo estadual, por sua vez, diz que o adiamento implicaria em novos atrasos no cronograma tributário potiguar.
Segundo o vice-presidente do Sescon/RN, Fábio de Miranda, que participou da reunião, a melhor maneira de se implantar o Sped Fiscal no estado é unindo os quatro pilares envolvidos no processo: contadores, empresas de software, Fisco e empresários. "Defendemos uma implantação conjunta entre os quatro pilares de forma que todo contribuinte se adeque a essa nova realidade fiscal", acrescenta.
Além de unir as quatro forças, o Estado terá que treinar empresários, contadores e administradores para essa nova realidade. "Muita gente ainda nem sabe o que é Sped", frisa Miranda. O tema volta a ser debatido em audiência pública na próxima terça-feira (30), às 10h, na Assembleia Legislativa.
Desde abril, a empresas do segmento de softwares entregaram à Tributação um documento no qual alertavam para os riscos dos prazos exíguos pra a entrada em vigor destas regras. "Se não houver adiamento teremos um verdadeiro caos fiscal no estado, alem do fechamento de muitas empresas, não só de softwares, mas de todos os segmentos", afirma o presidente da Associação Norte-Rio-grandense das Empresas de Informática (Aneinfo), Alexandre Carvalho.
Fonte: Tribuna do Norte – RN