19 out 2011 - Trabalho / Previdência
De janeiro a setembro de 2011, os salários médios de admissão tiveram aumento real de 6,16%, em relação ao mesmo período de 2010, passando de R$ 885,36 em 2010, para R$ 939,90 em 2011. A informação foi dada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). De acordo com o ministro, o salário médio de admissão é o principal índice de mensuração da força salarial. “Esse é o segredo da economia brasileira, quanto mais salário, mais gente comprando e mais empregos sendo gerados”, afirmou Lupi.
Os dados demonstram também que, embora persistam as diferenças salariais, está havendo uma redução na diferença entre o menor e o maior salário de admissão. No período de janeiro a setembro de 2003, a diferença chegava a 72,92% e janeiro a setembro de 2011 caiu para 54,50%. “Isso é decorrência do aumento real do salário mínimo, da volta de migrantes ao Nordeste e do fortalecimento da economia”, disse o ministro.
No recorte por gênero, o aumento real do salário médio de admissão obtido pelos homens nos nove primeiros meses do ano foi de 7,28%, contra 4,39% de aumento para as mulheres. A conseqüência é o aumento na diferença na média dos salários iniciais entre mulheres e homens. A relação entre o salário real médio de admissão feminino versus masculino, que era de 87,64% em 2010 caiu para 85,28% em 2011.
No período de 2003 a 2011, verifica-se uma tendência de crescimento nos salários médios de admissão, em nível nacional, que passaram de R$ 683,62 em 2003 para R$ 939,90 em 2011, um aumento real de 37,49%.
Esse comportamento favorável é resultado da elevação generalizada dos salários de admissão em todos os estados, com destaque para Rondônia (+64,92%), Alagoas (+53,66%), Piauí (+52,77%), e Maranhão (+52,48%). Por outro lado, as unidades da federação em que os trabalhadores tiveram menores ganhos reais foram o Distrito Federal (+20,59%), Amazonas (+24,07%) e São Paulo (+27,16%).
Os dados demonstram também uma redução significativa da diferença entre o menor e o maior salário de admissão, que chegava a 72,92% de janeiro a setembro de 2003, e caiu para 54,50% no mesmo período de 2011.
No conjunto de todas as Unidades da Federação, os salários médios de admissão no período de 2003 a 2010 mostraram uma tendência ascendente para ambos os gêneros, apontando um ganho real de 41,38% para os homens, frente a um ganho real de 31,37% para as mulheres.
Os dados do CAGED revelam que os salários médios reais de admissão das mulheres mostram uma maior representatividade nos níveis de escolaridade mais baixos: analfabeto (92,80%) e até o quinto ano incompleto do ensino fundamental (82,92%).
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE