Empresário comemora resultados do Simples Nacional


6 jul 2010 - Simples Nacional

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O empresário Telmo Kottwitz, de Cascavel no oeste do Paraná, tem bons motivos para comemorar os três anos de Simples Nacional. Com uma micro indústria de bordados e uma pequena empresa de vendas de máquinas de costura no sistema tributário diferenciado, ele assegura que, “apesar de os juros no País ainda continuarem altos”, o Simples permitiu aos seus negócios um ganho real de aproximados 250%, fazendo as contas desde o início do regime, em julho de 2007. Esse resultado, explica, leva em conta as reduções tributárias que se multiplicam com melhorias e ampliações dos negócios.

Conforme o empresário, em 2008 a empresa de bordados teve uma redução tributária de mais de 80%. Em 2009 houve outra queda, agora de 23%. Na de venda de máquinas a redução em 2008 foi de aproximadamente 90%. Em 2009 teve mais redução, desta vez de 11%. Os resultados, garante, são melhorias de estruturas, ampliações dos negócios, da produção e do número de empregados.

Ele conta que quando o Simples Nacional entrou em vigor a empresa de bordados tinha sete empregados; hoje tem 17. “Eu comecei com uma máquina de bordar e hoje tenho seis; trabalhava turnos de 12 horas e hoje trabalho 24 horas”. Isso, lembra, além dos seis empregados na empresa de venda de máquinas e a contratação de serviços terceirizados. Ele também relaciona o aumento do salário dos empregados.

“Nas minhas empresas e nas organizações associadas na região, comemoramos em 2009 aumento de salário para nossos empregados acima dos índices oferecidos pelo governo”, garante, dando outro exemplo: “Antes, boa parte dos meus funcionários vinham trabalhar de bicicleta ou de transporte urbano. Hoje têm motos ou carros”. Outro exemplo é a redução da rotatividade de empregados. “O empregado está ficando mais tempo na empresa, que deixa de ser apenas formadora de mão-de-obra e passa a aproveitar esses trabalhadores já treinados”.

Na avaliação de Telmo, o Simples Nacional contribui diretamente para o aumento do consumo e o aquecimento da economia. Exatamente porque a redução tributária promovida pelo sistema possibilita às pequenas empresas uma folga de caixa que lhes permite crescimento nos negócios, geração de empregos e ampliação de salários. Esse investimento retorna para as empresas com aumento nas vendas, potencializadas pela redução de preços com o repasse da redução tributária para o produto.

“Essa sobra de caixa tem um efeito cascata. A empresa aumenta salário e, com um aumento real no seu poder de compra, o trabalhador gasta com o produto da empresa”. Ex-presidente da Associação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná (Amic), Telmo integrou mobilizações em favor da lei. Uma das principais lutas agora, defende, é o Simples trabalhista, que reduza obrigações e burocracias para o setor.

Criado pela Lei Complementar 123/06, mais conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Simples Nacional unifica a arrecadação do IRPJ, IPI, CSLL, PIS, Cofins, INSS patronal mais o ICMS e o ISS. Esses oito tributos são pagos num único boleto, com uma operacionalização feita basicamente via internet. Para o empresário Telmo Kottwitz, trata-se de tranqüilidade para os empresários.


Fonte: Agência Sebrae