Publicado no DOU em 29 abr 1998
Dispõe a responsabilidade direta do cirurgião titular, e dá outras providências
O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e,
Considerando que o alvo da atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional;
Considerando que é vedado ao médico delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão médica;
Considerando que é vedado ao médico permitir a inclusão de nomes de profissionais que não participaram do ato médico, para efeito de cobrança de honorários;
Considerando que é vedado ao médico assumir responsabilidade por ato médico que não praticou, ou do qual não participou efetivamente;
Considerando a responsabilidade do Diretor Técnico de zelar pelo provimento de condições dignas de trabalho e meios indispensáveis à prática médica, conforme item b do artigo 2º da Resolução CFM nº 1.342/91;
Considerando que o médico deve acatar as normas e respeitar Acórdãos e Resoluções do Conselho Federal de Medicina, conforme determina o artigo 142 do Código de Ética Médica;
Considerando, finalmente, o decidido na Sessão Plenária de 13 de fevereiro de 1998.
RESOLVE:
Art. 1º. A composição da equipe cirúrgica é da responsabilidade direta do cirurgião titular e deve ser composta exclusivamente por profissionais de saúde devidamente qualificados.
Art. 2º. É imprescindível que o cirurgião titular disponha de recursos humanos e técnicos mínimos satisfatórios para a segurança e eficácia do ato.
Art. 3º. É lícito o concurso de acadêmico de medicina na qualidade de auxiliar e de instrumentador cirúrgico em unidades devidamente credenciadas pelo seu aparelho formador e de profissional de enfermagem regularmente inscrito no Conselho de origem, na condição de instrumentador, podendo esse concurso ser estendido também aos estudantes de enfermagem.
Art. 4º. Deve ser observada a qualificação de um auxiliar médico, pelo cirurgião titular, visando ao eventual impedimento do titular durante o ato cirúrgico.
Art. 5º. O impedimento casual do titular não faz cessar sua responsabilidade pela escolha da equipe cirúrgica.
Art. 6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Waldir Paiva Mesquita
Presidente
Antônio Henrique Pedrosa Neto
Secretário-Geral