Decreto Nº 15099 DE 27/12/2012


 Publicado no DOM - Belo Horizonte em 28 dez 2012


Regulamenta a notificação, a concessão de benefícios e o recolhimento do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU do exercício de 2013, da Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - TCR, da Taxa de Fiscalização de Aparelhos de Transporte - TFAT e da Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública - CCIP, que com ele são cobradas.


Consulta de PIS e COFINS

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, e tendo em vista o disposto na Lei nº 5.641, de 22 de dezembro de 1989, na Lei nº 5.839, de 28 de dezembro de 1990, na Lei nº 7.633, de 30 de dezembro de 1998, na Lei nº 8.147, de 29 de dezembro de 2000, na Lei nº 8.291, de 29 de dezembro de 2001, na Lei nº 9.795, de 28 de dezembro de 2009, e no Decreto nº 13.824, de 28 de dezembro de 2009,

 

Decreta:

 

CAPÍTULO I

DA NOTIFICAÇÃO

 

Art. 1º. Os contribuintes do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, da Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - TCR, da Taxa de Fiscalização de Aparelhos de Transporte - TFAT e, no caso de imóveis não edificados, da Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública - CCIP serão notificados dos respectivos lançamentos por meio de Edital, que será afixado no dia 2 de janeiro de 2013 na portaria da Secretaria Municipal de Finanças, situada na Rua Espírito Santo, nº 605, Centro, Belo Horizonte/MG, bem como por meio do envio das guias de recolhimento aos endereços dos contribuintes, nos termos da Súmula nº 397 do Superior Tribunal de Justiça.

 

CAPÍTULO II

DA APURAÇÃO

 

Art. 2º. Para fins de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, do exercício de 2013, ficam atualizados monetariamente pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Especial - IPCA/E, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, os valores venais dos imóveis lançados em 2011 para os quais não houve alteração de características constantes do cadastro tributário imobiliário no decorrer do exercício.

 

§ 1º No caso de imóveis sujeitos ao primeiro lançamento em 2013, o valor venal será apurado nos termos da legislação vigente para o lançamento de 2011, sendo o mesmo, após a apuração, corrigido pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Especial - IPCA/E, apurado pelo IBGE, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012.

 

§ 2º No caso de imóveis que foram objeto de alterações cadastrais válidas a partir de 2013, estas serão apuradas nos termos da legislação vigente para o lançamento de 2011, sendo o valor venal apurado corrigido pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Especial - IPCA/E, apurado pelo IBGE no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012.

 

§ 3º Para os casos previstos nos §§ 1º e 2º deste artigo, aplica-se, no que couber, o disposto no Decreto nº 13.824/2009.

 

§ 4º Os fatores de correção previstos na Lei nº 9.795/2009 serão apurados segundo a situação existente ou aplicável em 1º de janeiro de 2011.

 

Art. 3º. Nos casos em que a aplicação dos procedimentos estabelecidos neste Decreto possa conduzir a tributação manifestamente injusta ou inadequada, poderá ser adotado procedimento de Avaliação Especial, aplicando-se, quando for o caso, o Fator Comercialização previsto no Anexo IV da Lei nº 9.795/2009.

 

CAPÍTULO III

DOS PRAZOS PARA PAGAMENTO

 

Art. 4º. O prazo para o pagamento do IPTU, da TCR, da TFAT e, no caso de imóveis não edificados, da CCIP, todos relativos ao exercício de 2013, expira em 15 de fevereiro de 2013.

 

§ 1º O contribuinte poderá optar pelo parcelamento do valor dos tributos referidos no caput deste artigo em 11 (onze) parcelas mensais e consecutivas, com vencimento da primeira parcela no dia 15 de fevereiro de 2013 e das demais no dia 15 (quinze) de cada mês, a partir de março de 2013, podendo ser pagas até o primeiro dia útil seguinte, quando o dia 15 (quinze) não for útil ou não houver expediente nas agências bancárias localizadas no município de Belo Horizonte.

 

§ 2º O prazo para pagamento das parcelas encerra-se em 30 de dezembro de 2013.

 

CAPÍTULO IV

DOS DESCONTOS E REDUÇÃO DE ALÍQUOTA

 

Seção I

Do desconto pelo pagamento antecipado

 

Art. 5º. Os contribuintes terão desconto de 7% (sete por cento) no pagamento referente ao adiantamento integral de, no mínimo, duas parcelas, realizado à vista até o dia 21 de janeiro de 2013.

 

§ 1º O crédito relativo às parcelas vencidas ou às recolhidas antecipadamente pelo contribuinte será efetivado em observância à ordem crescente do número de parcelas não pagas.

 

§ 2º O pagamento efetuado até o dia 21 de janeiro de 2013 que ultrapassar a quitação de, no mínimo, duas parcelas, terá a parte excedente considerada para fins de pagamento da parcela seguinte, aplicando-se na parte antecipada o desconto previsto no caput deste artigo.

 

§ 3º O prazo previsto no caput deste artigo é peremptório, não sendo concedido o desconto para os pagamentos efetuados após o dia 21 de janeiro de 2013, ainda que seja instaurado tempestivamente Processo Tributário Administrativo de reclamação contra os tributos.

 

Seção II

Da redução de alíquotas para imóveis em construção

 

Art. 6º. As alíquotas previstas no item 2 da Tabela III anexa à Lei nº 5.641/1989, com a redação dada pela Lei nº 9.795/2009, serão reduzidas em 50% (cinquenta por cento) para imóveis em construção, nos termos do § 1º do art. 83 da Lei nº 5.641/1989.

 

§ 1º Não tendo sido promovida de ofício pelo órgão lançador, a redução de alíquotas prevista no caput deste artigo, o contribuinte deverá requerer o benefício nos Postos de Atendimento do IPTU/2013, até o dia 1º de fevereiro de 2013.

 

§ 2º O requerimento deverá ser instruído com cópia do Alvará de Construção, o qual deverá estar em vigor no dia 1º de janeiro de 2013.

 

Art. 7º. A Gerência de Tributos Imobiliários - GETI poderá promover diligência fiscal destinada a apurar o efetivo início da construção no imóvel alcançado pelo benefício de que trata o art. 6º deste Decreto.

 

Parágrafo único. Considera-se imóvel em construção aquele no qual se constate, no mínimo, o trabalho de abertura de valas ou escavações para colocação de concreto, desde que comprometidas com o projeto aprovado.

 

Art. 8º. A redução de alíquotas prevista no art. 6º deste Decreto poderá ser aplicada, no máximo, em três exercícios.

 

§ 1º O requerimento do benefício não afasta a incidência de encargos moratórios sobre o valor do IPTU e da CCIP, caso o pedido seja indeferido.

 

§ 2º A redução de alíquota somente é válida para o lançamento que for integralmente pago no mesmo exercício a que se referir, sendo restauradas as alíquotas aplicáveis, para efeito de inscrição do débito, total ou parcial, em dívida ativa.

 

§ 3º No caso de pagamento parcial do lançamento, a inscrição em dívida ativa será efetuada considerando-se a diferença resultante entre o valor total do débito lançado, com as alíquotas integrais, e o valor em moeda efetivamente pago durante o exercício.

 

§ 4º O número máximo de exercícios para os quais a redução de alíquota pode ser concedida independe do efetivo pagamento do IPTU dos exercícios para os quais a redução das alíquotas foi deferida.

 

CAPÍTULO V

DAS ISENÇÕES

 

Art. 9º. Estão isentos do IPTU/2013 os imóveis com tipo de ocupação exclusivamente residencial cujo valor venal, em 1º de janeiro de 2013, seja igual ou inferior a R$ 45.087,66 (quarenta e cinco mil, oitenta e sete reais e sessenta e seis centavos).

 

§ 1º A isenção de que trata este artigo não se aplica aos imóveis identificados como vaga de garagem.

 

§ 2º Estão isentos da TCR e da TFAT os imóveis previstos no caput deste artigo, cujo padrão de acabamento seja P1 ou P2.

 

Art. 10º. Em se tratando de imóveis edificados e não constituídos de unidades autônomas, nos quais exista mais de uma economia, a cobrança de TCR estará limitada a:

 

I - quinze economias, para imóveis de ocupação não-residencial do tipo construtivo Loja (LJ) de padrão de acabamento P1 ou P2;

 

II - três economias, para imóveis de ocupação exclusivamente residencial dos tipos construtivos Casa (CA) e Apartamento (AP), com padrão de acabamento P1 ou P2.

 

Art. 11º. Estão ainda isentos do IPTU do exercício de 2013:

 

I - o imóvel pertencente ao ex-combatente, ao seu cônjuge supérstite, enquanto na viuvez, ou aos seus filhos enquanto menores de 18 (dezoito) anos, consoante disposto no art. 6º da Lei nº 5.839/1990;

 

II - o terreno integrante de área classificada como Zona de Especial Interesse Social 1/3 (ZEIS 1/3);

 

III - o imóvel declarado de necessidade ou utilidade pública, ou de interesse social, para fins de desapropriação, pelo Município de Belo Horizonte, Estado ou União, desde que o órgão expropriante esteja, em 1º de janeiro de 2013, efetivamente imitido na posse, ainda que em caráter provisório, consoante disposto no art. 8º da Lei nº 5.839/1990;

 

IV - o imóvel tombado, nos termos da lei, por qualquer instituição pública de proteção do patrimônio histórico e artístico, consoante disposto no art. 9º da Lei nº 5.839/1990;

 

V - o imóvel reconhecido como Reserva Particular Ecológica, observados os requisitos do art. 11 da Lei nº 6.314, de 12 de janeiro de 1993.

 

VI - o imóvel de terceiro efetivamente ocupado como templo de qualquer culto, cuja entidade religiosa que o utiliza tenha obtido o reconhecimento de imunidade pela Gerência de Legislação e Consultoria - GELEC da Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações, e que comprove a promoção de ações de assistência social, conforme disposto no art. 4º da Lei nº 8.291/2001;

 

VII - o imóvel de terceiro ocupado por entidade de assistência social ou de educação infantil sem fins lucrativos, que tenha sido declarada de utilidade pública municipal, conforme disposto no parágrafo único do art. 4º da Lei nº 8.291/2001.

 

§ 1º As isenções referidas nos incisos I e III do caput deste artigo deverão ser requeridas pelo interessado nos Postos de Atendimento do IPTU/2013.

 

§ 2º A isenção referida no inciso IV do caput deste artigo deverá ser requerida pelo interessado na Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura ou nos Postos de Atendimento do IPTU/2013.

 

§ 3º A isenção referida no inciso V do caput deste artigo deverá ser requerida pelo interessado na Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

 

§ 4º A isenção prevista no inciso III do caput deste artigo alcança também as taxas imobiliárias e contribuições que são lançadas em conjunto com o IPTU, nos termos do disposto no parágrafo único do art. 8º da Lei nº 5.839/1990, com a redação dada pelo art. 6º da Lei nº 9.795/2009.

 

§ 5º As isenções referidas nos incisos VI e VII do caput deste artigo deverão ser requeridas pelo interessado nos Postos de Atendimento do IPTU/2013, no período de 02 de janeiro a 1º de fevereiro de 2013, observado o disposto no Decreto nº 11.065, de 18 de junho de 2002.

 

§ 6º Para fazer jus à isenção referida no inciso VII do caput deste artigo, o interessado deverá apresentar:

 

I - cópia autenticada do ato declaratório de utilidade pública municipal;

 

II - comprovante de registro no órgão ou conselho setorial;

 

III - cópia autenticada do documento que comprove que o imóvel está cedido pelo proprietário indicado no Cadastro Tributário Imobiliário Municipal à entidade solicitante, para realização de suas atividades essenciais.

 

Art. 12º. As isenções e descontos condicionados a prévio requerimento não afastam a incidência de encargos moratórios sobre o valor dos tributos, caso o pedido seja indeferido.

 

CAPÍTULO VI

DA REMISSÃO DE IPTU

 

Art. 13º. A remissão, total ou parcial, de débito relativo ao IPTU/2013, com fundamento na incapacidade econômica do sujeito passivo, será concedida desde que este comprove, junto à Gerência de Serviço Social - GESSO da Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações, que sua situação econômica não permite a liquidação do débito e alcançará apenas o saldo devedor existente na data do deferimento.

 

Parágrafo único. Em caso de decretação de situação de anormalidade decorrente de precipitação pluviométrica ou outro fato da natureza que configure grave prejuízo material, econômico ou social, a remissão parcial ou total do IPTU/2013 poderá ser concedida nos termos do Decreto nº 13.492, de 23 de janeiro de 2009, em conformidade com o disposto na Lei nº 5.763, de 24 de julho de 1990, e na Lei nº 9.041, de 14 de janeiro de 2005.

 

Art. 14º. Fica autorizada a concessão de remissão de até 50% (cinquenta por cento) do IPTU/2013, para os contribuintes que se enquadrem, concomitantemente, nas seguintes condições:

 

I - ser aposentado ou pensionista de sistema público de previdência;

 

II - contar 60 (sessenta) anos ou mais em 1º de janeiro de 2013;

 

III - possuir renda familiar inferior a 3 (três) salários mínimos no dia 1º de janeiro de 2013;

 

IV - não possuir outra fonte de renda, receita, ganho ou provento complementar de qualquer natureza;

 

V - possuir um único imóvel, com valor venal até R$ 90.175,32 (noventa mil e cento e setenta e cinco reais e trinta e dois centavos), em 1º de janeiro de 2013, e nele residir há mais de 5 (cinco) anos.

 

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se ao portador de patologia incapacitante de natureza grave, crônica ou terminal, observado o cumprimento dos requisitos constantes dos incisos III, IV e V do caput deste artigo.

 

§ 2º A concessão da remissão de que trata o § 1º deste artigo aplica-se, ainda, quando o contribuinte for o único responsável econômico por dependente que se enquadre na situação nele prevista.

 

§ 3º A natureza incapacitante da patologia mencionada no § 1º deste artigo e seu caráter grave, crônico ou terminal, serão atestados por laudo emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como por unidade de saúde cadastrada pelo Sistema Único de Saúde - SUS.

 

Art. 15º. O pedido de remissão em função do disposto no art. 14 deste Decreto deverá ser protocolizado no período de 2 de janeiro a 1º de fevereiro de 2013, acompanhado dos documentos necessários à comprovação das condições estabelecidas neste Decreto, permitida a solicitação de informações e documentos complementares.

 

Art. 16º. O indeferimento do pedido de remissão, por qualquer razão, não afasta a incidência de encargos moratórios sobre o valor dos tributos.

 

Parágrafo único. A falta da apresentação da documentação necessária à instrução do pedido de remissão resultará no indeferimento e arquivamento do processo a que deu origem.

 

CAPÍTULO VII

DA RECLAMAÇÃO CONTRA O LANÇAMENTO

 

Art. 17º. O prazo para a apresentação de reclamação contra o lançamento do IPTU/2013, bem como das taxas e contribuição com ele lançadas, será até 2 de janeiro de 2013 a 1º de fevereiro de 2013 e o resultado, apurado por meio de processo administrativo, será lançado no exercício em que a reclamação foi protocolizada.

 

§ 1º Na abertura do processo de reclamação, o contribuinte deverá apresentar a documentação pertinente à matéria discutida.

 

§ 2º No caso de o contribuinte não apresentar a documentação necessária, será emitido Termo de Solicitação a ser atendido no prazo máximo de trinta dias, podendo ser prorrogado, desde que solicitada a prorrogação, por meio escrito e justificado, dentro do prazo de apresentação estipulado pelo referido Termo.

 

§ 3º A falta da apresentação da documentação necessária à instrução da reclamação resultará no indeferimento e no arquivamento do processo a que deu origem ou a sua conversão em procedimento de ofício, a critério da Autoridade Fazendária.

 

§ 4º Na instrução da reclamação serão apreciados todos os critérios com base nos quais o lançamento foi efetivado.

 

§ 5º Nos casos em que o lançamento for integralmente mantido, não caberá nova apreciação pelo Fisco, salvo quando suscitado fato não provado ou não apreciado na instrução anterior, a critério da Gerência responsável pela apuração.

 

§ 6º Nos casos em que houver revisão do lançamento, somente será admitida nova reclamação contra a parte alterada, desde que a mesma não tenha sido objeto da reclamação inicial.

 

§ 7º No caso de reclamação tempestiva promovida por uma ou algumas unidades autônomas de edifícios condominiais, serão processadas, de ofício, para as demais unidades, a partir do exercício em que foi interposta a reclamação, as alterações de lançamento referentes a elementos que se relacionem, indistintamente, com todas as unidades do condomínio.

 

§ 8º As reclamações contra lançamento deverão ser protocolizadas exclusivamente nos postos de atendimento do IPTU/2013, não sendo admitida a apresentação por via postal, eletrônica (inclusive e-mail) ou por fax, ainda que a petição seja referente ao andamento ou resultado da reclamação inicial.

 

§ 9º As informações quanto ao andamento dos processos de reclamação, concessão de benefício ou remissão deverão ser solicitadas aos órgãos de atendimento da Secretaria Municipal Adjunta de Arrecadações, pelos meios e formas por ela disponibilizados.

 

CAPÍTULO VIII

DA MULTA E DOS JUROS

 

Art. 18º. No caso de parcelamento, o recolhimento intempestivo de qualquer das parcelas mensais dentro do exercício a que se refere o lançamento acarretará a incidência de multa e de juros previstos na legislação municipal.

 

CAPÍTULO IX

DA EMISSÃO DA GUIA DE PAGAMENTO

 

Art. 19º. Enquanto existir débito a ser pago, serão remetidas mensalmente, por via postal, as guias de pagamento do IPTU/2013, bem como das taxas e da contribuição que com ele são lançadas, para os endereços de correspondência constantes do cadastro tributário imobiliário.

 

§ 1º Não será enviada guia pelo correio quando o lançamento estiver suspenso em razão de pedido de revisão tempestivo, devendo o contribuinte, caso deseje espontaneamente efetuar pagamento do crédito em suspensão, solicitar a emissão da guia através de www.pbh.gov.br/financas, das Gerências de Atendimento Regional ou do BH RESOLVE.

 

§ 2º O contribuinte que não receber pelo correio, até o dia 12 (doze) de cada mês, a guia para pagamento parcelado do IPTU/2013, poderá emiti-la através do endereço eletrônico www.pbh.gov.br/financas ou deverá requerer sua emissão nas Gerências de Atendimento Regional ou no BH RESOLVE, promovendo, na ocasião, a atualização de seu endereço de correspondência.

 

§ 3º A falta de recebimento da guia por via postal não desobriga o contribuinte do pagamento nem o exime dos encargos devidos pelo seu atraso.

 

§ 4º Não haverá emissão de guias de recolhimento do IPTU/2013 e das taxas e contribuição que com ele são cobradas no dia 31 de dezembro de 2013.

 

CAPÍTULO X

DA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

 

Art. 20º. Os créditos do IPTU/2013, das taxas e da contribuição que com ele são cobradas, não recolhidos até o dia 30 de dezembro de 2013, serão inscritos em Dívida Ativa.

 

§ 1º O crédito remanescente de qualquer parcela não quitada no exercício de 2013 será inscrito como Dívida Ativa, computados, quando do pagamento, juros, multas e atualização monetária, calculados a partir da data mencionada no art. 4º deste Decreto.

 

§ 2º Nos termos do art. 45 da Lei nº 1.310, de 31 de dezembro de 1966, poderão ser inscritos em Dívida Ativa, ainda no mesmo exercício a que se referem os lançamentos do IPTU/2013, das taxas e da contribuição que com ele são lançadas, desde que constatado o inadimplemento de três ou mais parcelas vencidas, após notificação para regularização dos débitos.

 

CAPÍTULO XI

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

 

Art. 21º. Nos termos do art. 23 da Lei nº 8.147/2000, a Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - TCR, será lançada e cobrada, no exercício de 2013 com os seguintes valores anuais:

 

I - R$ 312,00 (trezentos e doze reais) para os imóveis com coleta diária;

 

II - R$ 156,00 (cento e cinquenta e seis reais) para imóveis com coleta em dias alternados.

 

Art. 22º. Ficam mantidas, para o exercício de 2013, no que couber, todas as disposições do Decreto nº 13.824/2009 que não conflitarem com as estabelecidas neste Decreto, especialmente aquelas previstas em seus artigos 1º ao 16 e 39.

 

CAPÍTULO XII

DISPOSIÇÕES FINAIS

 

Art. 23º. Ficam atualizados pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Especial - IPCA/E, apurado pelo IBGE no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, os valores constantes da Tabela III anexa à Lei nº 5.641/1989, com a redação dada pela Lei nº 9.795/2009.

 

Art. 24º. Os valores de referência para cálculo da Taxa de Fiscalização de Aparelhos de Transporte ficam atualizados, para 2013, pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Especial - IPCA/E, apurado pelo IBGE no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012.

 

Art. 25º. Fica concedida, nos termos da alínea "d" do inciso I do art. 1º da Lei nº 5.763/1990, remissão do valor correspondente ao que exceder ao lançamento do número máximo previsto no inciso I do art. 3º da Lei nº 9.795/2009, quando se tratar de imóvel tipo loja (LJ) de padrão de acabamento P3, P4 ou P5, desde que inserida na tipologia "Centro de Comércio Popular".

 

Parágrafo único. Considera-se "Centro de Comércio Popular" o imóvel constituído de subdivisões de natureza precária ou temporária, conforme dispuser normatização específica.

 

Art. 26º. O § 6º do art. 13 do Decreto nº 13.824/2009 passa a vigorar com a seguinte redação:

 

"Art. 13. (.....)

 

(.....)

 

§ 6º Nos casos de imóveis constituídos de mais de um tipo construtivo, o padrão de acabamento será correspondente ao tipo construtivo da unidade de maior área construída." (NR)

 

Art. 27º. O art. 14 do Decreto nº 13.824/2009 passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos VIII a XIX:

 

"Art. 14. (.....)

 

(.....)

 

VIII -"estacionamento rotativo para clientes", a área ou espaço, coberto ou descoberto, destinado ao estacionamento de veículos de terceiros ou hóspedes, situado na parte externa ou interna de imóvel não residencial;

 

IX - "iluminação especial", a iluminação indireta, com foco dirigido no forro, parede ou piso;

 

X - "hall especial", o hall com área livre superior a 20 m², que acomode ambiente de estar e tenha no mínimo 2 (duas) das seguintes peculiaridades:

 

a) material nobre no piso (cerâmica >= 30 cm², mármores e granitos em geral, estruturas metálicas e pisos especiais);

 

b) material nobre no revestimento de parede (cerâmica >= 30cm², mármores e granitos em geral, estruturas metálicas e de vidro);

 

c) iluminação especial ou;

 

d) jardim de inverno;

 

XI - "elevador especial", o do tipo panorâmico;

 

XII - "piscina 1", a com área igual ou superior a 8m² e inferior a 30m², de qualquer material, ou piscina de vinil/fibra, de qualquer tamanho;

 

XIII - "piscina especial", a com área superior a 30 m², dotada de raia, exceto de vinil/fibra;

 

XIV - "paisagismo", as áreas verdes situadas no entorno da construção, com utilização de recursos de jardinagem, como canteiros, árvores, arbustos e arranjos de plantas, compondo um conjunto elaborado de no mínimo 50m², sendo suas partes contíguas;

 

XV - "quadra 1", a quadra esportiva com piso cimentado e com no máximo 2 (dois) dos seguintes itens:

 

a) iluminação específica;

 

b) alambrado;

 

c) vestiário;

 

d) cobertura.

 

XVI - "quadra especial", a quadra esportiva, incluídas as quadras específicas de tênis e os campos de futebol, acrescida de pelo menos 3 (três) dos seguintes itens:

 

a) pisos especiais ou taqueados;

 

b) iluminação especial específica;

 

c) alambrado;

 

d) vestiário;

 

e) cobertura.

 

XVII - "cobertura especial", a que contenha desenho arquitetônico elaborado da cobertura do imóvel, com utilização de recursos como ângulos, curvas, disposição em vários planos, mansardas, estrutura robusta aparente de madeira, concreto, metal ou outro material, desconsiderada para construções verticalizadas;

 

XVIII - "fachada elaborada", a confeccionada com utilização de materiais nobres, como detalhes, projeto arquitetônico elaborado, trabalhos de arte e demais elementos decorativos que valorizem a fachada, desconsiderada para construções verticalizadas;

 

XIX - "churrasqueira", a que contenha instalação coberta, com piso, pia e bancada." (NR)

 

Art. 28º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

 

Belo Horizonte, 27 de dezembro de 2012

 

Marcio Araujo de Lacerda

 

Prefeito de Belo Horizonte